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Contos-->Em contra – A mão -- 05/02/2002 - 10:50 (Danilo Meirelles de Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Entre tantos, muitos, foram dos poucos, os que pouco sabiam a verdade, embora confusa, pouco sabiam.
A estrada, era de terra, ocre, seca, de maldade em metros de buracos, de caminhos, para caminhos de emboscadas, de lugares, para lugares sem saída. Dois vinham de lá e um vinha de cá, três então, faziam de andar, o conhecer. Logo a frente, pela imagem, a carcaça do zebú, silenciava a seca; Quem falava, era a fome, e quem gritava, era a morte, esperada, admitida, arada em alma de fé, tantas vezes, em berço novo, tantas vezes em corpo velho.
O lugar, brejo, de açude em lama, a única fonte, o homem, tejo, em mãos de soca-pilão, sem mãos, sem sorte, sem água, sem terra, sem saúde, sem vida.
Pela noite, a lua se tal discreta fosse, de atenção enchia o lugar, a estrada, que tal discreta era, repartia o perigo. A cena, sobre posta a cena, que perigosamente corria perigo, devia a vida, a morte, propositalmente no lugar, que era dos mesmos acontecimentos, quando em um dia brilhava, o outro escurecia em breu, se para um, o ar respirava, de outro, parava, em coincidências de tristezas, o ar, por tantas vezes, nem sempre chegava a respirar, cuidadosamente não sofria.
Aos poucos que por ali viviam, enxergavam que de lá, dois vinham, e de cá, apenas um, a sede acompanhava a caminhada, inseparável, a única companhia, e trazia com sigo o desespero de não conhecer sentimento este, de sentir vontade, para sentir em seus lábios, o que é sentir uma gota líquida, capaz e capaz de tantas sensações.
Talvez, em profundas, sensíveis era apenas a paisagem óssea daquele seco morto, zebú, encarquilho ao chão de passagem, e de paisagem, uma mesma sonora realidade ali estava, o resto do que pouco restou, a história de muitos, que se tornou o repetido momento de não mais a ânsia saber sentir. O momento se dividia em três, o dois primeiros que vinham de lá, e o outro que não mais vinha, e sim ia. O cruzamento de tal forma nunca esperado agora já, de instancia marcada, em questão dos cuidados passos, andares. Buscava entre eles o que não sustavam em acontecer, pouco menos, indiferente ao encontro, somente em um simples desabafo iria acontecer.
A busca que já litigiosamente, profanava sua essência de reconhecer o curioso gênero, de estremecer tais inverdades sem razão alguma, e divulgar elas, por apenas satisfação involuntária de ver aos olhos uma tristeza piedosa, da piedade mãe, alheia esta, ao desconhecido dito, oculto ao reconhecer de quem disse, apurado a consciência de quem ouve. Naquele sertão, o inconstante desejo de saber, a mais vulnerável das intensas vontades inexistentes, ao pequeno desejo de reter o poder dentro de sua satisfação incurtida ao féu, fazia o entardecer do momento não mais do que passares em brancos, mortes, vestidas em véu. A missão daqueles que então, era a simples descoberta do céu, que naquele momento, exato, explicava os sentidos que revogava-os a condição de uma vez intra-uterina, vida que de conhecimento e lembranças poucas, se lembravam.
Agora a caminhada que somente acompanhada pela sede, ganhava em cúmplices, os primeiros momentos de loucura e auto satisfação, conquistar o conhecimento de liberdade, de pensamento conquistado e ao poço de livre acesso popular, não mais seco, e saciante ao próprio desejo de beber, beber, até que afogar, perto fique e saiba as areias de parar.
Os pés, rachados em sangue de não sentir dor a tal adormecido simples, o caminho de andar, cantava a cada passo a forte sensação de não existir, suas matérias se transformavam em atomísticos momentos, de provocar eruptos, comuns, aos expressos que suas sensações de reconhecimento talvez lhe ensinava a cada vento, a solidão, a dor, angústia, por fim, a lição de aceitar o caminho e a sensação de cruzar o encontro com o desconhecido, fazia naquela estrada a união de três destinos unidos. Ao momento esperado para comprovar a firmação da batalha que no exato, iniciava até a morte. A proposta, até que morte nos separe, acabara de ser lançada, de dois apenas um sobreviverá, os portões do céu tocam suas trombetas ao desafio letal, o homens regurgitam as impurezas em gestos delicados, levando a mão a boca, e aparando como parte e purificação em processo.
As arvores, únicas em decomposição no momento ganhavam vida, tornavam-se juizes entre a luta de dois homens, relembravam áridas as entranhas de acreditarem na maldição, o dois se tornaram um, vinham de lá, o um, não mais vinham, iam, tornou-se forte, como dois, em disposição a batalha tormenta de uma alma ao ambívio de sua eloquência.
Em resgate ao imaginário do homem, o suor, a frio, saciava o desejo de gargarejar com o sal da terra, esperava terminantemente a batalha de sofrimento que se formara em sua filmagem, o resgate que lhe seria dado, jamais seria tirado, caso vencesse, e de seu pensamento, naquele momento, a vitória, tão longe de seu instinto ficava, atenciosamente, entendia suas sensações, que lhe conduziriam, o fogo que rodeavam os corpos, cintilavam a vontade de desejar a derrota, que poderia ser morta pelo simples rosto de um pensamento não encontrado em respeito destino.
O homem naquele momento, gritava ao silêncio sua forma de vida, resistia todas as demais de outras absurdas sensações, mesquinhas, maquiavélicas, de inteligências extremas e maldades humanísticas, lutava em silenciar sua própria vontade, e achava entre os gregos a beleza que o levaria a derrota, o pássaro em que forte fez do fogo sua ressurreição, transferiu em tom de agonia o suportar do breve momento em que a leveza tomaria conta de suas emoções, fortes.
O tempo que acionário de votos, encarregou de permanecer intacto ao representante da vida, ao modo de representar, a façanha não mudaria a forma daquela vida, o que lhe traria de recompensa pela dor, era a própria vida, a persistência em aceitar a guerra acabara de lhe dar a alegria de reencontrar a razão, de poder sentir seus pés, mesmo que sangrando, mas sentido este não mais adorado do que a leveza.
O zebú, naquela estrada contextuava para uma maior sensação do equilíbrio entre a natureza morta, pela natureza viva em seleção natural, sua forte passagem mostrou o fato de saciar a sede pelo desconhecido e persistir a fé, em meio a tantas mortes, e pensamentos, de que a morte se tornasse parte cravada de nossa evolução, para viver entendendo o prazer de morrer sorrindo.

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