...Foi poeta...Sonhou...E amou na vida.
Álvares de Azevedo
Disponho-me, em verso
A escrever seu epitáfio
Mas que a morte breve seja
Pois o mel que na boca verte espumante
Pode vir a secar futuramente
E a pena que tão voluptuosa dança
Sobre a pauta byroniana, translúcida...
Estrelar, amarela...Enfim, a pauta.
Cairá sobre a terra
A tinta, negra como a púrpura rosa,
Tornar-se-á o espectro do corpo falecido.
Pois, se a morte a ti tardar
No peito, ou em túmulo conspurcado
Uma rosa eu hei de botar
Enquanto muda, decepada...Morta,
A rosa por mim falar-te-á.
|