Usina de Letras
Usina de Letras
298 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62176 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50580)

Humor (20028)

Infantil (5424)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Voluptuosa Morte -- 18/03/2002 - 05:41 (Narjara de Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O vento solitário a vagar pelo quarto escuro

Uma observadora coruja com seu mórbido canto

Uivam os lobos mortos pela fome

Sobre a terra, o sangue dos mártires

E o monsieur...

Tal como o canto do lúgubre belga

Não mais diferente que a púrpura rosa morta

Como um lugar inóspito ocupado por uma alma alada

Perdido no labirinto profundo da dor,

Por amar a morte

A dama que morre aos poucos deitada em seu leito imundo

Baratas correm pelo quarto,

Um morcego a cantarolar suas asas

Restos de comida...

E da moça...

Os cabelos caem sobre o farelo de pão

Na pele, a exuberância letárgica

Os olhos...Ah, os olhos...

Estes estão fechados, e dentro deles

Seca o poço do mais puro vinho branco

Os vermes sobem por seu corpo

Como uma sinfonia, seguem os trilhos da perfeição

Mas sua beleza é como a chama da paixão

Morre, mas fica no cogito alheio

Mas o corpo...

Entregue à sua langorosa decomposição

Clama por sua cova sórdida conspurcada

O cheiro afastam as borboletas

Como tamanha podridão exalta do corpo da mais bela dama?

Tal carniça malcheirosa é nada mais que,

O mais suave balé das virgens de Lesbos

Entretanto morta, transcende exímia beleza

Mesmo no término de sua vida...

Na limítrofe barreira que os cerca

Sois a volúpia da morte

E o mancebo...

Jaz sobre o seu corpo

A penetrar seu peito

E beber o cálido sangue

Que salta sobre seus lábios

O cavalheiro...

Esta a clamar seu amor

Cujo tal, jamais terá em terra verde

Pois esta morta..

Perfeita e graciosamente, Morta.

































Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui