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| Poesias-->O Flagelo de Deus -- 18/03/2002 - 11:15 (Magno Antonio Correia de Mello) |
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Fui jogado no lixo da história
e cinqüenta mil bondes
passaram por cima de mim.
Pisaram-me como se eu fosse a pior escória
e pudesse suportar
o sofrimento mais sem fim.
Eis aí, esparramado na lama
o meu futuro de glória
e eu ainda fazendo poeminhas
que resumam um pouco que seja
do drama
que sintetizem algo
desse mundo estúpido, sujo, roto, ruim.
Plantaram-me em cima dos adjetivos
e caí sobre eles
abacate podre
fruto sem flor
repórter
de pasquim.
Voltei ao pó
e do pó me refiz
como se do pó houvesse
algum dia saído
vejam vocês
como pôde alguém
ter tanta pretensão assim.
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