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Contos-->O CALIFA -- 05/02/2002 - 18:11 (Amauri Junior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"Khalifatu rasulil-lah" é um nome àrabe que tem por significado:"o sucessor do mensageiro de Deus", e esse mensageiro é o profeta "Mohammad". Então, antes da morte do profeta Mohammad não existia aquele título:"khalifatu rasulil-lah".
O califa -o termo usado em português-, como sucessor do profeta, seria o chefe da comunidade muçulmana e teria como responsabilidade primeira a de continuar a senda do profeta. Ele seria o GOVERNANTE dos muçulmanos, mas não o seu soberano, uma vez que a soberania pertence a Deus somente. Ele seria obedecido na medida que ele obedecesse a Deus;seria o responsável, também, por criar e manter condições sob as quais seria mais fácil para os muçulmanos viverem de acordo com os princípios islâmicos e verificar que a justiça fosse feita a todos, sem privilégios a alguém em especial.
O profeta Mohammad e o seu povo viviam e um lugar que de tão lindo acabara por receber o nome de "oásis". Era uma excessão naquele imenso deserto quente, com a sua vegetação abundante e água cristalina, algo jamais visto antes em um deserto.
Muito enfermo, o profeta intuia que a sua ida para o paraíso para junto de Allah, ou simplesmente "Alá", estava próximo. Intuia tudo isso com a maior fleuma, pois, iria viver com Alá o que era para ele um prêmio por ter seguido e pregado o "alcorão" de uma forma justa e honesta, sem nunca ter subjugado ninguém que não merecesse tal condenação.
A aproximação do fim de sua permanência na terra e um provável início de sua eternidade lá em cima junto de Alá, era visto com bons olhos, mas, em tudo isto tinha um problema:quem iria dar continuidade a sua senda? Esta era agora a sua mais nova preocupação.
Por muitos dias ficou com isto em mente:quem iria dar seguimento ao meu intento? Não tinha, ele, ninguém para o substituir. Dias se seguiram e nada em forma de solução surgira; logo, aflito ficava o profeta, já que a sua partida era iminente e próxima.
Aquilo tudo o impressionara tanto que certa noite, em forma de sonho, aparecera um homem todo iluminado a caminhar pelo deserto. Neste sonho também indicava que o homem além de ser solitário caminhava em direção da morada de seu povo, ou seja, o oásis. Ele era alto, viril e o seu rosto indicava ser um homem justo e honesto -assim via o profeta.
No dia seguinte, bem cedo, o profeta, como era de seu costume, mirava a leste e com um olhar compenetrado tentava decifrar o sonho da noite anterior. "Obrigado Alá", berrou o profeta. O seu agradecimento devia-se porque naquele exato momento acabara de decifrar o inigma, ou melhor o sonho.
Chamou, Mohammad, todos imediatamente. Ninguém havia acordado ainda. Mas todos, imediatamente levantaram-se e acorreram para junto do profeta Mohammad, que se encontrava no meio de um descampado que servia justamente para as reuniões, indispensáveis, daquela comunidade.
Foi logo a dizer que o seu fim estava próximo, mas isso não era novidade naquele oásis; todos já sabiam da saúde debilitada do profeta. Disse também, e ninguém o sabia, que era preciso encontrar alguém que desse continuidade ao caminho que ele, Mohammad, tinha escolhido para guiar o seu povo de acordo com as leis islâmicas.
"Ontem a noite meu povo, tive uma revelação em meu sonho enviada por Alá" gritou o profeta. "E ele disse-me para que não me preocupasse com o homem que os guiará, pois, ele, está a caminho em algum lugar deste imenso deserto"
Todos imediatamente ficaram embevecidos com o que ocorrera com o profeta; todos ficaram ainda mais impressionados com a façanha de Mohammad. "Sim! Sois realmente o mensageiro de Deus!" bradaram todos em uníssono para o profeta.
"O khalifatu rasulil-lah está a vir em nosso socorro em nome de Alá, meu povo", continuou Mohammad. "Quando este homem solitário e com um semblante honesto e justo surgir aqui, ele, portanto, será o vosso CALIFA". Terminou o profeta.
Essa sua atitude não agradou a um homem da comunidade, já que ele almejava o posto.
Certo dia, quando todos sofriam pela enfermidade do profeta que se agravara a ponto de o deixar sem forçar para ficar em pé, surgiu na aldeia um homem alto com ar viril a pedir por ajuda. Alguns, lembrando-se do que o profeta lhes dissera, levaram-no imediatamente para a casa do profeta que estava abarroada de pessoas a rogar por Alá que mandasse logo o Khalifatu rasulil-lah, por intuirem que o Mohammad não passaria daquele dia. E foi neste momento que os três homens, que encontraram o andarilho, surgiram com o indivíduo. Cortaram aquela multidão sem fazer a menor cerimônia e foram dar ao lado do profeta.
"Senhor profeta Mohammad" disse um dos homens, "este homem chegou agora sozinho e a pedir por ajuda". O profeta com a vista fraca e sem poder levantar muito a cabeça para que pudesse ver com melhor compreenção a imagem do homem, pediu para que este se aproximasse de si. O homem, com o seu ar viril e com uma certa cerimônia, mirou em redor a multidão que estava naquela casa. Todos, imediatamente, menearam concomitantemente que sim, que ele se aproximasse do velho. E ele aproximou-se.
O velho, com ainda um pouco de esforço, apertava os olhos para que pudesse ver melhor o estranho.
"Alá! Obrigado mais uma vez!" berrou o enfermo. E a mirar todos em redor disse: "Este homem, meu povo, será o vosso Khalifatu rasulil-lah!", terminou o Mohammad.
Todos, mais uma vez em uníssono, gritaram: "Oh! Obrigado Alá por vós ter adendido ao nosso rogo".
O andarilho não compreendia nada do que estava a acontecer.
"Agora peço-vos que me deixem aqui sozinho com este homem, para que eu possa explicar-lhe o que se sucede", falou o velho. "Mas quero que fiquem os três homens que o encontraram, para servir de testemunhas". Todos imediatamente obedeceram, como, aliás, eram de seus costumes.
"Meu filho" começou o enfermo, "sabeis quem é Alá não é mesmo" indagou o profeta para o homem. Aquele respondeu que não. O Mohammad principiou, então, a contar-lhe quem era.
Depois de o ter contado tudo sobre Alá, o alcorão e a sunnah (que é a prática do profeta), ou seja, viver uma vida simples e justa e lutar muito pela causa de Deus; dever ser imparcial, amável e misericordioso no trato com as pessoas e formar uma unidade com o povo, o primeiro entre iguais.
O andarilho logo entendeu o que o velho quiz lhe dizer. A bem dizer, o homem entendeu muito além do que ser justo e misericordioso para com os outros. Entendera que acabara de ganhar um pequeno reino no meio do deserto localizado em um lindo oásis.
Fora parar ali, pensava agora o solitário, por obra do acaso. Não acreditara em nada do que o profeta Mohammad contara-lhe, apesar de ter dito que sim. Fingia acretitar e respeitar o grande Alá, porque percebeu que a sua vida seria como a de um monarca, um rei, se fingisse amar e respeitar Alá e o alcorão.
É uma pena o profeta ter tido aquele sonho, porque este andarilho não passava de um ladrão do deserto. Havia roubado, matado, estrupado por todo o oriente médio: desde a àsia menor, descendo pela babilônia e chegando-se por alí, mais ao sul do continente, onde se encontrava o oásis daquela pequena e inocente comunidade...



























































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