Os fantasmas que habitam
dentro de mim,
acendem um fogo selvagem,
com brasas avermelhadas
tão fortes
quanto o sol.;
durante o dia,
eles ficam ali, sentados,
nas sombras,
escondidos em seus óculos,
e só respiram
os meus movimentos.;
a noite,
eles me acordam
e ficam falando coisas,
e me roubando
pedaços do corpo,
que eu nem sei
o que fazer.;
alguns brincam
de desenhar formas
em minha cabeça,
outros se transformam
nos próprios desenhos,
nas próprias fantasias
que eu nem sei
o que fazer.;
dentro de mim,
habitam homens e mulheres,
portas e janelas,
que eu desconheço.;
meus fantasmas, agora,
nada dizem,
apenas o seu fogo
é que me aquece
nestas noites frias
em que eu,
fico sentado na beira da cama,
sem poder dormir.
FE
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