Ele se põe todas as manhãs,
espalha alegria em meio à multidão,
por onde homens de concreto
efetuam a transposição ao tempo.;
ele especula um ritmo efêmero,
aquece rosas, margaridas e pardais,
acerta o compasso,
derrete o aço e a possessão,
caminha ligeiro, mas com cuidado,
muda as figuras,
retoca a paisagem
e depois se vai.;
sobe as calçadas - esquece
os problemas, emociona
os olhos perdidos,
respira ofegante, oprimido,
mira os sentidos
e se veste – agora começa
a trabalhar.
FE
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