Entre a enorme maioria daqueles que não conhecem parte da minha espontaneidade íntima, que não podem avaliar com plausibilidade mínima minha capacidade intelectual e económica, sinto-me um autêntico cristo hodierno, permanentemente crucificado na cruz do preconceito tácito que cada vez mais se implanta na atmosfera racional dos meus dias actuais. Até no seio dos que não têm motivo algum para me censurar atitudes, eu encontro desalentadoras decepções, surpreendentes desgostos que desmotivam e entediam a existência. Inexoravelmente, os antanhos eremitas avançam na estrada da evolução e eu começo impositivamente, sem mais opção, por me tornar num deles para que não me fine entre os escombros da maldade.