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Cronicas-->Era uma vez uma Cabrita que não falava inglês -- 20/11/2001 - 16:37 (ANGEL DRAVEN) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Era uma vez...

Uma Cabrita que não falava Inglês

Era uma vez uma Cabrita que vivia de salário mínimo. Foi então que tudo aconteceu.
A coisa começou a ficar preta e até o leite escureceu. Alguns até diziam que estava preto, amargo e frio feito café requentado de boteco na segunda-feira.
O capim básico estava caro. Até o capim? A alfafa estava muito cara, a grama também. Não dava para comprar nada com o salário mínimo e a Cabrita passou a comer marmita.
Como a situação não mudava, a Cabrita resolver ser contra a situação. Sindicalizou-se. E a pior coisa que existe é uma Cabrita sindicalista. Sindicato é coisa que dá bode. Mas a dona Cabrita não tinha muitas alternativas nem tinha muito a perder. Ela já tinha barba e arranjou um boné verde, passando a estar devidamente uniformizada para aderir ao PCdB, ou seja, a senhora caprina filiou-se ao Partido da Cabritas e dos Bodes.
Após menos de uma semana já estava de "cabeça feita", como diziam no PC. Ela não admitia ser chamada de cabra pelos outros membros do nordeste, nem gostava de ser confundida com uma vaca, ela dizia:
"Sou apenas um pouco liberal!".
E assim, militante, a cabritinha ia vivendo de salário mínimo.
Certa vez, dizem as más línguas, a danada da Cabrita chifrou o marido. Foi um corre-corre no partido. Quando? Onde? Com quem? Bem feito, acabou quebrando um chifre e agora a pobre cabrita só ficou com um, e ainda por cima tem que viver só de salário mínimo.
"Os homens são todos uns porcos!" - praguejava ela, agora sozinha e revoltada.
Como nos outros lugares, naquelas redondezas onde vivia a Cabrita, a política era dirigida pelos cães.
Assim, os políticos cachorros eram quem ditavam as normas. E talvez fosse por isso que as cabritas ganhavam salário mínimo, discutiam no PCdB.
"A vida tá boa só prá cachorro!" - dizia ela.
Os policiais de lá também eram cavalos.
Mas como em toda sociedade dita civilizada, não usavam armas. Frente a qualquer agitação ou manifestação social, os policiais davam patadas e coices para acalmar os desanimados ànimos.
A sorte da Cabrita é que ela vivia de salário mínimo e nunca ia às passeatas e manifestações, de nenhum partido.
Certo dia houve eleições em Animalópolis. E para desespero de todos da situação, venceu o candidato Polvo, da oposição. Foi uma festa até no PCdB, embora o senhor Polvo fosse do PT, Partido das Tartarugas. Até a Cabrita comemorou, esquecendo até que vivia de salário mínimo.
Alguns dias depois, o novo Presidente anunciou o seu novo ministério: o Lobo seria seu ministro da fazenda; o Urubu, da aeronáutica (eu disse que a coisa estava preta); e embora ele quisesse o Tubarão para o ministério da marinha, acabou nomeando a Piranha, para ajudar a fazer uma boquinha.
Para ministro da justiça, a Cobra; e para o planejamento deu Zebra na cabeça.
E assim foi, continuando com o Coelho Tanaka Chin para o ministério extraordinário do controle de natalidade e o Papagaio para as comunicações.
A surpresa foi o Sr. K. Brito como porta-voz da presidência, novamente após ter sido governador de uma região do sul.
Depois de tudo arranjado, os políticos se reuniram. Estranhamente, quando todos se vestiam com os ternos pretos ficavam parecendo os cães de sempre. E estando presente toda a nova cachorrada no congresso decidiram:
"Vamos aumentar o salário mínimo em 10 vezes, mas somente para aqueles necessitados, que só tenham um chifre, por exemplo".
E foi ai que a dona Cabrita dançou.
Quando ela apareceu toda contente, esperando receber o tão esperado aumento de salário mínimo foi espancada pelos cavalos e presa.
Alegaram que ela era um Unicórnio espião, um ser mitológico, um terrorista de esquerda e direita. Que estava tentando roubar os cofres públicos.
Ela tentou explicar quem era, porque só tinha um chifre e tudo mais. Mas não adiantou e deu bode.
Chamaram o Sr. K. Brito para dar seu parecer final. Ele analisou a situação e perguntou:
"A senhora alega ser uma cabra, correto?"
Ela estava de cabeça feita, mas acabou permitindo ser chamada de qualquer coisa, dada a situação animalesca em que se encontrava. E o porta-voz continuou:
"Assim sendo, para provar sua inocência, gostaria que a senhora nos diga como se fala cabrita em inglês?"
Bem, como voces sabem, nossa amiga cabrita, vivia de salário mínimo e não falava inglês.
"Levem-na para a churrascaria, é uma impostora, pois toda militante do PCdB que se preza sabe, pelo menos, dizer: Si hay gobierno, yo soy contra!".
Moral da estória:
"Nunca espere qualquer coisa de um bando de animais, principalmente se você só tem uma opção: a deles".

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