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Artigos-->escrito´/inquieto -- 24/02/2005 - 01:19 (luiz neves) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos












ESCRITO







Vai que eu morra neste exato momento, mesmo sendo fora da hora marcada, mas, quem me garante que chegou o dia. Repartirei então os meus bens....ora, espera aí, nunca tive bens! Não importa, fecho a porta e deixo o que tiver, quem sabe as minhas dores, as magoas e receios de tentar ser apenas 10% de quem gostaria de ser.

Não deixo ouro nem dólares, talvez dividas, filhos que nunca ousei ter. Rapidamente um curto circuito no velho coração e a morte completa o ciclo.

Que tal uma oração :_Missa de corpo presente, quem sabe, rezando por minha alma, salvando-a do inferno.

E se a morte for realmente o divisor das águas, a mão abençoada que punirá os males... ah, se morrer for o renascimento, o recomeço e a chance de colocar tudo naquele determinado lugar!

Sei não, vai que eu morra neste momento e não tenha tempo de dizer adeus...

Um simples até logo e a volta necessária, se necessário for, morrer solitário, eternamente num lugar comum.





















INQUIETO





Talvez a vida um dia, com a sua eterna mania, mania em querer determinar os nossos passos, fazendo com que tudo seja assim, assado. Talvez, determine a nossa liberdade, nos retire a estúpida sensação de ser Deus, de fazer deste mundo o nosso particular reino decadente.

Quem sabe um susto faça-nos mais humano, faça-nos ver através dos olhos da morte, numa curta visão, a inutilidade de viver, de construir, possuir, dissipar...

Quem sabe então, não vejamos o sentido verdadeiro da existência, a complexidade do amor, o dom de amar, ser amado.

Talvez quem dera superar o insuperável, compor a cada instante grão em grão a semente, o toque de vida que ainda nos resta. O fim distante daquele horizonte perdido, dizer ao tempo um adeus em poucos passos, fugir por uma fresta.

Luz, luz que ainda brilha, que ainda há de estar por muito, perto de nós, sem a escuridão nem a noite fria, sem a morte que cancela nem a porta que se fecha, apenas, em poucas linhas, a vida que renasce.

Queria estar em todos os cantos, ser a voz do silêncio em suave branco, amar, amar teimosamente sem o suspiro da flor no campo, fugir por todos os lados e aportar sempre, quando a noite renega a luz, quando a luz foge das estrelas, buscando se perder no imenso tapete que o anoitecer deslumbra.

Busco o último suspiro, a razão do estar fazendo tudo, sempre alerta, sobre portas abertas, dias tão longos, vidas no fim.

Queria sim conhecer o teu segredo e, debaixo dos dedos, te decifrar linha por linha, cada detalhe que surge, a morte que nutre o amanhã, sonhos, o desesperado sentido da existência humana.

Queria tão somente despertar da noite úmida, não ver com olhos molhados a dor que se expande, sentir por toda alma a razão de existir, ter o prazer em sobrevier mesmo por um instante.







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