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Artigos-->O vale tudo de Severino -- 24/02/2005 - 21:24 (Athos Ronaldo Miralha da Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




O vale tudo de Severino

Athos Ronaldo Miralha da Cunha



O inesperado desfecho da eleição para presidente da Câmara dos Deputados suscita algumas reflexões desapaixonadas sobre o momento político.

Inicialmente cabe salientar que foi desrespeitada a tradição de que ao partido com a maior bancada caberia a presidência. Mas também é oportuno afirmar que essa negociação foi tão mal encaminhada que culminou com várias candidaturas avulsas, traições e fisiologismo político.



A eleição explicitou a fragilidade da base de sustentação. Essa base aliada foi infiel ao governo. Ficou claro que o baixo clero queria mais.

Infelizmente, a eleição de Severino Cavalcanti é a autêntica representação da política retrógrada, ideologicamente conservadora e reacionária.

Severino Cavalcanti foi eleito prometendo aumento salarial, criação de cargos e manutenção dos 90 dias para o recesso parlamentar. Severino é conhecido no Congresso como presidente do sindicato dos deputados. Obtendo sucesso com essas reivindicações, vai acabar presidente da CUT.

Mas não parou por aí o derrame verbal de Severino. Defendeu a prorrogação do mandato de Lula em dois anos. Será que o presidente da Câmara conhece a palavra democracia?



A eleição de Severino foi precedida de um troca-troca de partidos. Um vale tudo para conseguir votos e aumentar as bancadas. Mas no vale tudo de Severino “só não vale dançar homem com homem, nem mulher com mulher”. Para recordar Tim Maia.

Entretanto, é oportuno que o PT faça uma análise crítica e criteriosa desse episódio. Há algo estranho nessa incapacidade de compreender as insatisfações e a autocrítica dos aliados. Há uma convicção enrijecida e intransigente na atitude do governo. Há uma força estranha que indica um caminho florido para o cadafalso.



É chegado o momento de o Partido dos Trabalhadores fazer a sua introspecção. Qual era o objetivo quando chegou ao poder? O que foi realizado nesses dois anos para colher a insatisfações de companheiros e a traição dos aliados?

Não podemos negar que há um descontentamento no funcionalismo público, nos sindicatos, na classe média e, inclusive, numa gama enorme dos simpatizantes do PT com relação aos rumos do governo Lula, com suas coligações anômalas, apoios imperfeitos e conservadorismo econômico.



Certa feita Lula falou que no Congresso havia 300 picaretas. Foi criticado severamente por tão veemente ataque aos parlamentares. “Luiz Inácio falou, Luiz Inácio avisou”. Dizia a música. Coincidência ou não, 300 foram os votos dados a Severino. O que, nessa altura do campeonato, não quer dizer absolutamente nada.







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