Nada, nada impede-nos
a passagem,
só as miragens
produzidas neste calor de ansiedades
prodigalizadas,
ante iniciativas
pretextualizadas,
num planoo de rupturas
mútuas,
implícitas.
Nada, nada impede-nos
esta relação que soergue o tesão,
mas recua ante a emoção
libertária,
pondo ao chão
a lascívia,
num mear de caprichos
e perdão.
Nada, nada impede-nos
de abandonarmo-nos nossas defesas
postulando a clareza,
pousando a certeza,
a qual mobiliza,
ambos os corpos,
ambos os espíritos,
por uma ocupação dada,
por linhas demarcadas,
por nossos corações
diante de posições,
vigentes ao amor.
(26/03/02 - 8h45min) |