Outro dia uma criança foi atacada por um cão da raça pitbull em Porto Velho. Um acidente que já não é o primeiro. Em 2004 uma senhora foi atacada por um cão da mesma raça no mesmo local. Mesmices que se constatam no local denominado “Espaço Alternativo”, um trecho da avenida Jorge Teixeira que é disponibilizado para que os cidadãos queimem gorduras e pratiquem o pedestrianismo na Capital.
O acidente já era previsto e outros virão, já que jovens de classe média gostam de desfilar feras sem focinheira pelo espaço, dividindo a rua com inocentes crianças e pessoas que buscam tão somente o lazer e um pouco de saúde.
A Polícia Militar sempre mantém pelo menos um PM no local para evitar abusos dos motoristas, mas não pode tomar qualquer medida para coibir o passeio dos cães, já que não existe lei municipal regulamentando o desfile das feras.
Jovens sarados com complexo de falus mixurucus tentam desviar a atenção das jovens e levam seus bichos de estimação avantajados, numa clara substituição de valores, para impressionar. Transferem para os bichos sua impotência e não ligam para os incautos transeuntes que se arriscam a transitar entre as feras.
Talvez estejam arriscando por saberem que têm costas quentes, pois afinal não há jovens pobres entre os proprietários de pitbulls, rotweillers, filas e outros mondrongos que circulam no “Espaço Alternativo”.
Isso vai continuar até o dia em que houver uma legislação municipal que regulamente o passeio dos cães, pois como andam as coisas nem a morte de uma pessoa vai intimidar a turma do falus mixurucus, que continuará o processo perigoso de transferência irresponsásvel.
Se os vereadores retirarem a coleira da preguiça algo pode ser feito, caso contrário, eles serão tão culpados pelos ataques dos cães quanto os donos irresponsáveis. Até quando o sangue de inocentes terá que ser derramado para que se tomem providências?
*Jornalista provisionado e professor do curso de Comunicação Social da Faro