Choremos, mas sempre novas tristezas,
Tão cruéis as dores inconsoladas,
Pois não há dor maior na natureza
Que as antigas tristezas recicladas.
Amemos, mas sempre amores antigos
Que se apuram conforme o tempo anda,
Pois que grande alegria é ter consigo
O amor que, mais sabido, mais encanta.
Conforme escrevemos nossa história,
O amor antigo é aquele que perdura.;
A dor passada é aquela que resiste.;
Tão cheia de vencidas e vitórias,
O primeiro é o sucesso de suas juras,
A segunda o fracasso do inviste.
Rogério Penna
mar./2002 |