Sensual e desonesto,
tão feliz, tão viciado.
Mais uma das tantas vezes,
que não te fiz amado.
E o meu corpo?
O pano estampado
É desonesto como os viciados.
Tão sensual, tão amanhecer,
esse corpo jogado.
O molde te fez sofrer,
mesmo sem você saber.
Por mim, não por Deus,
levo horas para viver.
E por tantas horas,
que vivi e te sofri,
O molde é meu e seu:
Eu para sofrer, você para sentir.
Somos feitos um para o outro.
Os dois caminham pelo chamado
de não ser o molde de Deus,
Tão amado!
26-10-93
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