Usina de Letras
Usina de Letras
160 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62070 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50478)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->Tonho e Tonhão -- 12/02/2002 - 21:42 (ARISTOTELES RODRIGUES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tonhão estava lendo o jornal, e não viu quando Tonho chegou, mas este não se incomodou: deu-lhe um tapa forte na coxa e sentou-se ao seu lado, no banco da praça.
Mostrava a pele clara, seu corpo de tórax largo e coxas grossas de quem acabava de voltar do exército, corpo que alargaria, ao longo da vida, mas que por enquanto era jovem; embora ele próprio fosse mais alto e mais forte do que o amigo, chamava-o de Tonhão, por uma questão emocional e não física.
Falaram de trivialidades, inclusive da bichinha, o vizinho de Tonho, de 11 anos de idade, que ainda não tinha dado, mas que estava próximo disso, como Tonho detalhou: já havia notado a desmunhecação, mas nunca teve oportunidade de se aproximar, pois não é que nessa manhã ele fora à sua casa e a mãe pedira que o acordasse?
Tonho já estava acordado, mas fingiu que dormia; a bichinha entrou no quarto, chamou-o e, como ele não acordava, aproximou-se, tocando-o no ombro; Tonho virara-se na cama, de pau duro, e deixara que a presa visse, sob o lençol, o volume. Depois, “acordara”, espreguiçando-se e observando para onde a bichinha olhava, "e não deu outra coisa, claro, meu, tá quase no papo".
Daí, Tonho quis saber de Tonhão o que ele fazia, sentado na praça, plena 1 hora da tarde, e Tonhão esclareceu que estava na hora do almoço, daí a pouco teria que ir trabalhar, todo mundo pobre um dia tem que ir trabalhar, e Tonho concordou, mas por enquanto não precisava, não fazia nem dois meses que terminara de servir a pátria, podia vagabundar um pouco.
No dia seguinte, uma sexta-feira, Tonho chegou da mesma forma, surpreendendo Tonhão, que lia o jornal, e retomou o papo, começando pela namorada, que queria viajar com ele para Santos, numa excursão, com um detalhe que o preocupava: por duas vezes, ele percebera que ela estava mentindo quanto ao período fértil, parecia que queria engravidar, talvez quisesse obrigá-lo a casar-se, como fazer? Tonhão sugeriu camisinha, mas Tonho esclareceu que era acessório que ela dissera detestar, dizia que tirava toda a graça, mas como saber se ela não queria engrupi-lo?
Difícil, concordou Tonhão, mas podia ser na base de relação anal, e Tonho perguntou "o que?".
Tonhão repetiu "relação anal", ainda ligado na notícia que lia no jornal, e Tonho concordou que podia ser uma solução, emendando o papo na bichinha, que voltara para acordá-lo naquela manhã, com a bênção de sua mãe, graças a Deus ela nunca ia pensar naquilo, e Tonho o chamara para sentar-se na cama, pôs a mão em sua coxa, sem alisar, porque a caça podia assustar, e a bichinha deixara. Ele sentia que estava indo, devagar e sempre.
Na segunda-feira, Tonhão estava no mesmo banco, quase cochilando, quando Tonho chegou, animado, feliz, porque tinha ido a Santos, não tinha dado certo a relação anal, e "então eu botei no cu, mesmo", tinham nadado, caminharam pela cidade, Santos era muito bonita, nem tinha sentido cansaço da viagem, imagine que a bichinha tinha ido acordá-lo outra vez, pediu-lhe que pusesse a mão em sua barriga e ela concordara, ficou subindo e descendo a mão, "foi bom pacaralho, é só uma questão de tempo".
Tonhão viajou a serviço e ficou fora por 11 dias; quando voltou, foi inevitável que voltasse à praça, e foi inevitável que Tonho o encontrasse, informando que estava trabalhando, mas só depois do almoço, num cartório, era office-boy, mas só por enquanto. Continuava desconfiando da namorada, ela dizia que não tinha perigo de engravidar, mas as datas não batiam, o que ele podia fazer?
Nenhum dos dois soube responder, embora Tonhão achasse que ele devia terminar o namoro, havia muitas mulheres na praça, nem todas tinham a fissura para casar que Tonho pressentia nessa namorada, poxa, ele era muito novo, estava apaixonado, queria continuar com ela, mas não queria risco, estava difícil, mas ele ia continuar tentando.
Rapaz, "a bichinha pegou no meu pau, ficou segurando", começara a bater-lhe uma punheta, mas ficara assustada com a voz da mãe, perguntando se ele ia ou não se levantar, correra, e tinha mais: ele se levantou, embrulhado no lençol, e abraçou-a por trás, sem falar nada, passou a mão nos peitos dela, enquanto a encoxava, apertou-a contra si, ela ficara em silêncio, não reagira, mas ele não pudera gozar, ia sujar o lençol e a bermuda da bichinha, tudo.
Ainda teve outro dia, quando ele levantou o lençol, ainda deitado na cama, e convidara-a para deitar-se ao seu lado; ela não se deitara, mas sentou-se, de costas, e ele encostara em sua bunda, ficou ali por longos minutos, e quando começou a mexer-se, a presa assustou e foi embora. Mas prometia.
Tonhão apresentou a namorada ao Tonho, no dia seguinte, estavam relaxando no banco da praça, quando o amigo chegou: trabalhavam no mesmo lugar, ele a convidou para ir ao cinema e descobriu que ela estava a fim dele há semanas, era um cego, nem percebera aquele avião ao seu lado, mas agora ia tirar o atraso, e não pôde haver atualização, nem da namorada, nem da bichinha, porque, sei lá, a namorada do Tonho podia não entender, aquilo era papo de homem.
Dois dias depois, a namorada do Tonhão tivera que ir almoçar em casa, porque a mãe não estava bem, e Tonho pôde contar ao Tonhão que a namorada suspeitava estar grávida, bem que ele a avisara, mas ela só podia ser burra, estavam transando, mas não precisava ficar prenha, agora iam ter que dar um jeito, Tonhão conhecia alguma clínica de fazer anjo?
Tonhão conhecia, ficava em outra cidade, próxima dali, por acaso tinha o endereço na carteira e passou-o ao amigo; Tonho relaxou, e contou que a bichinha o deixara pôr nas coxas, mas não deixara que ele tirasse sua bermuda, disse que tinha medo, não adiantou ele dizer que não ia machucá-lo, "onde que se viu, somos amigos, vai ser só prazer para os dois", mas não teve jeito. Ainda assim, ela continuava indo acordá-lo todos os dias, ia chegar lá.
Na outra ocasião, Tonho falou "ô, Tonhão, tem novidade, meu, você vai gostar de saber", a bichinha tinha topado ficar pelada, mas só de costas, acho que não quis que eu visse o pau dele, mas eu não queria ver, mesmo, ficou morrendo de medo de ser machucado, eu esfreguei só na portinha, rapaz, foi um espanto, a mãe podia entrar no quarto, "porra, ia ser uma merda, ele vai fazer 12 anos só no mês que vem, mas é um veadinho perfeito, gozei, cara, não entrou, escorreu, tive que pegar papel higiênico, ele não podia chegar na casa dele todo sujo, ia dar merda, mas estou quase dentro, meu!".
A namorada topava fazer o aborto, mas não queria chegar na clínica de dedos pelados, iam saber que ela era solteira, então ele foi nas Lojas Brasileiras, "cara, um par de alianças de latão custa metade do preço de um par de ouro verdadeiro, onde já se viu, eu comprei de ouro, porque essas eu guardo, vão servir um dia, a de latão a gente ia jogar fora, não acho meu dinheiro no lixo, eu sou pobre, porra!, a gente vai amanhã, é bom, fica logo livre disso".
"Graças a Deus, deu tudo certo, Tonhão, o anjo ficou lá na clínica, mas eu aproveitei as alianças e fiquei noivo, cara, tu não conhece os irmãos dela, olha que eu sou grande, mas o menor deles dá dois de mim, que que é isso, mermão, mas eles são legais e eu gosto dela, tá certo, cara, cê tem que ver, a bichinha sentou no meu colo, eu tava na cama, esperei pelado embaixo do lençol, quando ele chegou eu sentei e falei vem cá, ele veio, meio ressabiado, sentou de roupa, daí eu falei que a roupa estava me machucando, olha só pra ele, puxa, tá louco pra encostar em você, fui tirando a roupa dele, ficou pelado, nós dois pelados, eu fiquei quase doido, queria botar dentro, ele falou que ia doer, daí eu mostrei a lata de vaselina, tinha ali para um batalhão usar, expliquei para ele que ia ficar tudo lisinho, não precisava se preocupar, ele falou olha lá, mas deixou passar, daí, meu, foi entrando, dava para sentir que ele estava com medo, eu não tive pressa, sei que sou avantajado, porra, que merda, gozei no meio da entrada, mas da próxima deixa comigo, não vai ter pra ninguém!
Tonhão, meu, você tá convidado pro nosso casório, quero você como meu padrinho, ora, as alianças já estavam compradas, então eu resolvi aproveitar, aqueles irmãos dela me apavoram, mas acho que vão ser legais como cunhados, vamos morar na casa dela, lá tem um quarto só para a gente, estão montando legal, você vai ver".
"Nem te conto, botei tudo, sangrou um pouquinho, mas nada de assustar, foi bom, foi muito bom, era o que ela queria, a bichinha disse que está apaixonada por mim, eu falei que vou casar, te manca, daí ele chorou, mas disse que está bem, eu entendo, mas não queria ficar longe de você, eu falei que não precisa, casado não é capado, pedi para ele chupar, mas ele estranhou, não quis, ficou bravo, mas lá para a semana que vem ele vem com tudo, está apaixonado por mim, foi ele quem disse".
Tonhão comentou que ele e a namorada também estavam começando a juntar dinheiro para comprar móveis, eletrodomésticos, essas coisas que um casal precisa, Tonho ficou contente, "poxa, você vai casar e nem conta", e Tonhão falou que iam morar juntos, mas que Tonho iria à casa deles quando quisesse, sozinho ou com a mulher, "porra, nós somos amigos há tantos anos, que que é isso, você vai ser padrinho do nosso filho, quando nascer, nem conheço tua noiva, mas ela vai ser a madrinha, claro, não se separa o casal", e os dois se abraçaram, emocionados.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui