Usina de Letras
Usina de Letras
153 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62210 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10356)

Erótico (13568)

Frases (50604)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140797)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->A PRISÃO DE ARRET -- 12/02/2002 - 21:51 (Isaura L.P.Nascimento) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A PRISÃO DE ARRET

Todos os chefes das galáxias, reunidos no planeta Cannde, estudavam a possibilidade de uma solução definitiva para o combate ao vírus devastador que atacava seus povos. Construiam mais prisões e casas de recuperação mas, não estavam conseguindo a doutrinação iniciada milhões de anos atrás. O declínio da qualidade de vida de alguns povos preocupava todos os chefes. Teriam que achar uma maneira de separar com urgência os contaminados ou então, em breve, o caos estaria instalado. A perfeição reinante há milhares de anos já não existia mais.

O chefe supremo da Galáxia de Guth, povo de pele escura oriundo de vários planetas ao redor de Lent, cumprimentou o Imperador de Cannde da Galáxia de Lebed, de pele amarelada, cabelos negros e lisos, que conversava com Moss, Imperador da Galáxia de Nai. A pele vermelha de Nai cintilava quando as luzes fortes dos teletransportes iluminavam o recinto. Os olhos rasgados de Cannde fixavam firmemente Moss, concordando com parte do plano dele. Mais naves chegavam, trazendo numa delas Hael, Imperador da Galáxia de Penr, povo de homens altos, loiros, de olhos azuis e muitos outros chefes de várias outras galáxias que iam chegando com suas comitivas.

Todos com o mesmo problema: a violência aumentava. O virus trazido de uma galáxia situada a milhares de anos luz, durante uma expedição, contaminara muitos deles. De início não se preocuparam com as mudanças de personalidades, mas o tempo mostrou que a doença tornara-se implacável e desordenada. A estrutura cerebral mudava, perdendo quase 80% de sua capacidade de uso, transformando as pessoas invejosas, malvadas, dispersas, paranóicas e assassinas, muitas vezes por motivos insignificantes. Perceberam, com horror, que os crimes passaram a serem praticados com prazer mórbido. Para combaterem essa violência sem sentido, foram obrigados a confinar essa nova espécie em territórios afastados, atitude, no entanto, sem solução para conter a violência.

O confinamento não era a solução que queriam para o problema. Os prisioneiros pioravam e a contaminação aumentava. Premia a imposição de providências para soluções concretas e definitivas pois a situação estava chegando a um ponto incontrolável. Algo teria que ser feito, e com urgência.



Os cientistas não conseguiam achar a cura, um verdadeiro desafio vindo de uma força maior. Milhares morreram e agora, em mutação, o virus fortificava-se a cada troca do corpo físico e necessitando do hospedeiro, não o matava mais, transformava-o. A troca desordenada do corpo físico, antes feita apenas quando de seu envelhecimento, aleijava o novo corpo, mental e fisicamente.

Não poderiam exterminar essa nova raça sem serem igualados em crueldade e pervercidade aos exterminados e não poderiam permitir mais essa troca desordenada de corpos e o confinamento de tantos seres, que aumentavam cada vez mais.

A resposta surgiu com o plano de um dos chefes do Conselho, após horas de debates, e aprovada por todos que respiraram aliviados e esperançosos com tão sábia decisão: todos os povos rebeldes contaminados seriam destituídos de sua parte física e enviados para outra dimensão, paralela à Galáxia de Aviv Lac, no Planeta Arret, longe o suficiente para que não pudessem retornar. Não teriam, realmente, como retornar, pois a capacidade celebral era quase sempre anulada pelo virus. Lá poderiam ocupar um corpo físico e evoluir, aos poucos, o que o virus destruíra, esperançosos de que essa nova evolução pudesse recuperá-los.

Após bilhões de anos não se arrependem da decisão: o povo doente não consegue evoluir. Algumas vezes passam por Arret, em suas naves, na esperança de verem alguma melhora, mas voltam decepcionados com o que veem. Às vez chegam a levar alguns habitantes para as naves para estudar a evolução do virus e sua cura, mas, rápidamente, são devolvidos para Arret, sem esperanças.

Várias populacões lutam e se matam por espaço, por comida, pela moeda que inventaram para comprar coisas e por liberdade que eles não sabem que não têm. Cada vez mais violentos, fabricam armas para combater uns aos outros, pois muitos não suportam seus semelhantes, cobertos de preconceitos e aversão a outras raças, credos e religiões diferentes que inventaram para que, com o medo, pudessem dominar os mais fracos e oprimidos.

Dividiram-se em várias nações que chamam de países, com linguagens e costumes diferentes uns dos outros. Muitos prosperaram e tornaram-se líderes em detrimento da maioria que passa fome. Formam sempre grupos e dentro desse grupos mais outros, vivendo em constante desarmonia, cada qual defendendo com unhas e dentes seus territórios.
Vivem cobertos de doenças e não conseguem combater o surgimento de novos virus, perdem o corpo físico em pouquíssimo tempo e ficam vagando na outra dimensão, sem rumo. Como não têm capacidade mental para refazerem os corpos velhos e doentes, reproduzem-se por contato e quando nascem, os que vagam na outra dimensão procuram ocupar os corpos rapidamente, e o fazem tão desordenadamente, que não se lembram o que eram e passam a viver uma nova vida, esquecendo-se de suas origens e desconhecendo seus destinos. Um mundo desordenado e condenado!

Alguns paises conseguiram construir naves para pesquisar os mistérios do universo em que vivem, mas, felizmente nunca poderão sair da enorme Galáxia para onde foram enviados. Como não sabem ainda disso, continuam a pesquisa sobre a existência de vida em outros planetas, enviando sondas e naves tripuladas.

Compadecidos desse povo, muitos pedem aos chefes do Conselho para virem ao Planeta Arret para ajudar e orientar, mas ficam por pouco tempo. Desiludidos e anciosos, a maioria procura voltar o mais rápido possível.

Poucos conseguem orientação, mas lutam para sobreviver e continuam presos no Planeta Arret, que aos poucos estão destruindo, sem saberem que é a porta de saída à dimensão paralela para o retorno às suas Galáxias de origem.

ILPN/97

 































































































































































































































































































































































































































































































































rovada por todos que respiraram aliviados com tão sábia decisão. Todos os povos rebeldes contaminados seriam destituídos de sua parte física e enviados para outra dimensão, paralela à Galáxia de Aiv Lac, no Planeta Arret, longe o suficiente para que não pudessem retornar. Não teriam, realmente, como retornar, pois a capacidade celebral era quase sempre anulada pelo virus. Lá poderiam ocupar um corpo físico e evoluir, aos poucos, o que o virus destruíra.

Após bilhões de anos não se arrependem: o povo expulso, doente, não consegue evoluir. Algumas vezes passam por Arret, em suas naves, na esperança de verem alguma melhora, mas voltam decepcionados com o que veem. Certos povos lutam e se matam por espaço, por comida, pela moeda que inventaram para comprar coisas e por liberdade que eles não sabem que não têm. Cada vez mais violentos, fabricam armas para combater uns aos outros, pois muitos não suportam seus semelhantes, cobertos de preconceitos e aversão a outras raças, credos e religiões que inventaram para que com o medo pudessem dominar os mais fracos e oprimidos.


Dividiram-se em várias nações formando grupos com linguagens e costumes diferentes. Alguns poucos prosperam e tornam-se líderes em detrimento da maioria que passa fome. Não vivem mais em harmonia, formando sempre grupos e dentro desse grupos mais outros, cada qual defendendo com unhas e dentes seus territórios. O encontro entre as nações à procura pela paz, na verdade, nada mais é que um jogo de interêsses econômicos. A violência aumenta na mesma proporção da pobreza.

Não conseguem combater os novos virus que surgem, perdem o corpo físico em pouquíssimo tempo e ficam vagando na outra dimensão, sem rumo. Como não têm capacidade mental para refazerem os corpos velhos e doentes, reproduzem-se por contato e quando nascem, os que vagam na outra dimensão procuram ocupar os corpos rapidamente, e o fazem tão desordenadamente, que não se lembram o que eram e passam a viver uma nova vida, esquecendo-se de suas origens e desconhecendo seus destinos. Um mundo desordenado e condenado!

Compadecidos desse povo, muitos pedem aos chefes do Conselho para virem ao Planeta Arret para ajudar e orientar, mas ficam por pouco tempo. Desiludidos e desanimados, a maioria procura voltar o mais rápido possível. Alguns, do velho planeta, conseguem visualizar as naves, e mesmo viajar em algumas, para os exames a que são submetidos, mas tamanha é a confusão mental em que se encontram, que não conseguem explicar o que aconteceu com eles.


































































































































































































































































































































































































































































































































que é a porta de saída à dimensão paralela para o retorno às suas Galáxias de origem.
ILPN/97
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui