Se tive uma frase
E o vento levou...
Ainda assim, escreverei...
Um risco.
Que se transforma em rabisco,
Um liso.
Formado em linha,
Uma palavra.
Escrito um verso...
Elo, branco e negro
Pra traduzir, seduzir
Em melodia
Fazia um tempo...
Que bom invento
Penso no rio e rio
De tantas emoções represadas,
É tão fácil me/se achar
Em lembranças...
O tempo não nega
O prazer de Ter "a mesa farta de amigos".
Meu tempo é o prazer
De amar as lembranças
Farta de amigos.
Revolver antigos abrigos
E se achar assim...
Sentados em alguma margem
Nem que seja de um papel
Com um espaço farto
Pra estacionar, viajar...
Arranjar um jeito
Pra se firmar...confirmar...reafirmar...
Te ver...nos ver
Pra o meu querer
Te escrever
E me retratar.
Um amanhecer,
Um entardecer,
Um anoitecer...
Numa data sem dias,
Num dia sem horas,
Apenas nós irmãos,
Mesa, vinho e pão.
Marcelino, Paulino, Nival, Paulinho e Fátima
3 e 4/4/98
|