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Artigos-->Alzheimer -- 27/03/2005 - 05:06 (Ana Paula Sardinha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A doença de Alzheimer, errônea e comumente chamada de esclerose até um passado próximo, é responsável por mais da metade das doenças demênciais existentes. É causada pela morte das células cerebrais, que não se repõem, ocasionando uma atrofia do cérebro. Sua freqüência aumenta com o avançar da idade e não possui cura.

Seu diagnóstico é difícil de ser dado, pois só pode ser feito mediante a exclusão de outras doenças demênciais, muitas das quais, apresentam sintomas bastante próximos aos do Alzheimer. Em vista disso, é importante investigar profundamente os sintomas do paciente e não descansar enquanto houver dúvidas sobre o diagnóstico, pois muitas das doenças demênciais são reversíveis e podemos deixar de tratá-las e impedir seu agravamento por as confundirmos com Alzheimer.

Por não possuir cura e ir se agravando em estágios (Inicial, intermediário, final e terminal) com o decorrer do tempo, há geralmente um desânimo por parte das pessoas, que acabam por se conformar com o "não há nada mesmo a ser feito" e abandonam o paciente.

A fase inicial pode ser considerada a mais crítica tanto para o paciente quanto para seus parentes e pessoas que lhe estão ligadas emocionalmente. Para o primeiro porque ainda possuem discernimento e consciência do que está lhes acontecendo, causando um certo desespero. Aos segundos porque não conseguem aceitar as mudanças que estão ocorrendo, inclusive de personalidade, com alguém que amam e com quem estão costumados (alguém que pouco a pouco vai deixando de ser o que era e quase que se transformando em outra pessoa). É difícil aceitar que um pai ou mãe, antes dócil e amável, agora pode apresentar-se agressivo; aceitar a perda de memória, ao pondo de não mais reconhecê-lo como filho ou a si próprio diante de um espelho(!); conhecer a doença e saber onde chegará sem nada poder fazer para impedir. É difícil aceitar a realidade.

Com o passar do tempo, na medida em que a doença avança, vem a conformação e aceitação geralmente de maneira imprópria, na qual, vencidos e rendidos à ela, passam a tratar o paciente como um morto ainda em vida, esquecendo-se de que é um ser - humano, de que ainda há nele vida, que é capaz de sentir e necessita de amor agora mais do que nunca.

É provado que o carinho, amor e dedicação do cuidador pelo paciente, faz com que a doença demore mais para se agravar, permanecendo mais tempo em cada um dos estágios. Pacientes que não recebem esses cuidados geralmente morrem após cinco anos de doença, enquanto outros que recebem as atenções necessárias podem durar até 20 anos, devido a sua melhor qualidade de vida, que leva a um melhor estado de espírito.

O grande segredo seria colocar-se no lugar do adoentado, lembrar-se de que é um ser - humano e deve ser tratado como tal, imaginar o como gostaria de ser tratado se estivesse em seu lugar.

A vida é um bem precioso e deve ser preservada com o máximo de dignidade que possa ser alcançada enquanto existir. É preciso buscar dar ao paciente de Alzheimer o máximo de conforto, tranqüilidade, afeto, bem-estar e felicidade, para que viva da melhor maneira possível o tempo que ainda tiver de vida. Alias, viver bem e o mais feliz que pudermos durante o tempo que temos para isso, é, ou deveria ser o objetivo de todos, pois um período de tempo para se viver é tudo o que de fato possuímos.



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