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Artigos-->A SHANA SEM -- 04/04/2005 - 14:21 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A SHANA SEM





Fernando Zocca





A vovó Bim Latem exultou quando soube a boa nova de que a prefeitura municipal de Tupinambica das Linhas, por intermédio do seu prefeito caquético-testudo, doaria a importância de R$225.000,00 (duzentos e vinte e cinco mil reais) para a diretoria da seita maligna do pavão-louco.

Ela sabia que seus esforços para eleger o caquético seriam recompensados. Ela só não esperava que fosse assim tão rápido. De fato, o Jarbas e sua quadrilha, foram empossados em janeiro de 2.005, e em março a seita já recebera o prêmio.

O pagamento efetuou-se assim, tão na cara de pau, que nem tiveram a pachorra para dissimular. O ato foi registrado pela imprensa sob o título de "adjutório para as crianças da rua."

Todos os membros componentes da organização demoníaca sabiam que o dinheiro serviria também para proteger e sustentar, lá na prefeitura, o morfioso e a sua corja acompanhante.

Era também do conhecimento geral, que a administração pública devia mais aos fornecedores, do que tinha a receber da população. Assim, os esforços no sentido da promoção das reformas, na sede da seita-doentia, na rua Regente Feijão, teriam de certa forma, serem contidos.

Se a Múmia Egípcia, presidente da seita, por acaso surgisse desfilando no centro da cidade, com algum carro importado, ninguém deveria duvidar ter saído o preço do veículo, das verbas recebidas do erário público municipal.

Vovó Bim Latem, que ocupava o cargo de chefe de gabinete do prefeito troncho com certeza, agora pagaria com mais facilidade, as prestações do seu segundo carro. Ela o adquiriu na esperança de que o estipêndio, por seus serviços na eleição, sairia rápido.

Vovó Bim Latem, conforme já lhes contei em outras passagens, era uma pobre semi-analfabeta vinda do sítio. Quando chegou à cidade resolveu estudar.

Com o auxilio material de um deputado vigoroso, fez o madureza, entrando logo em seguida, no curso universitário.

Tendo o diploma de bacharel nas mãos, Bim Latem "prestou concurso", ingressando em posição invejável, na administração autárquica federal.

Mas sua cabeça já não a ajudava muito. A infeliz achava que baixo clero tinha algo a ver com padre anão.

Apesar da estupidez, ela fazia parte da diretoria do partido do qual Jarbas era o líder. Mas que conceito teria, meu nobre leitor, da pessoa que achava ser o peido a voz do ânus? Essa era a mentalidade da vovó Bim Latem, a chefe do gabinete do Jarbas.

No dia em que foi eleito, o testudo foi carregado, nas costas, por fanáticos políticos. Mas com o passar do tempo seu governo mostrou-se o governo de traidor.

De fato: durante a campanha, ele prometera aos eleitores que se fosse eleito, reabriria o zoológico municipal. Prometeu também o Iscariotes, que se eleito fosse, reduziria a fila nos prontos-socorros e postos de saúde do município.

O "mardito", traindo também as esperanças populares, não criou o terceiro distrito industrial, conforme havia se obrigado.

"Cadê os cursos profissionalizantes, que prometestes aos teus eleitores, ô Joaquim Silvério dos Reis?" teria perguntado, aos berros, uma eleitora frustrada, ao passar de carro, defronte a casa do morfioso.

A seita maligna do pavão-louco e todos os seus seguidores fizeram o papel de eleitores de cabresto, nas últimas eleições. Disso ninguém duvidava. O prêmio por tal fidelidade canina cristalizava-se agora, ali naquele cheque de R$225.000,00.

Tal qual o partido, e Jarbas o caquético-testudo, a seita maligna vinha perdendo credibilidade.

Eles difamaram um sujeito durante muito tempo, afirmando ser ele louco. Acontece que os fatos diziam tudo ao contrário. Havia muita podridão e fantasia psicótica no seio daquela corriola, que se reunia na sede, localizada na rua Regente Feijão.

Ou os demônios retratavam-se das falsidades que espalharam pagando-lhe o preço justo, ou as suas teorias e tudo o mais que envolvia os mentirosos, retrocederia pela constatação popular de que, o que eles pregavam era inverídico.

E como afirmava Van Grogue, conhecedor do assunto: "Nesse caso, US$ 1,000.000.00 (um milhão de dólares) seria pouco, muito pouco mesmo."

Se não reparassem o dano causado contra a moral da vítima, dando-lhe o dinheiro, a seita deveria passar, sob pena da perda da credibilidade, o resto da existência tentando provar ser o sujeito, o maluco que eles afirmavam ser.

E isso, meus amigos, minhas amigas e senhoras donas de casa: não seria fácil.









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