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Artigos-->Razões e loucuras nos templos da humanidade -- 04/04/2005 - 14:39 (Humberto Azevedo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A qualquer tempo ou período da história mundial o ser humano, através de suas civilizações, sempre procurou a sua identificação em templos ou em figuras mágicas. É assim na maioria absoluta de todas as religiões do planeta Terra. Procurar o que não entendemos como fatos ocasionados de seres celestiais supremos faz parte de nossa necessidade em quanto ser humano.

Grandes líderes políticos históricos, por conseguinte também líderes religiosos, se tornaram deuses onipresentes capazes de salvar a Terra e seus habitantes do apocalipse de catástrofes naturais. A necessidade de encontrar um ser ou vários seres superiores em suas ações terrenas sempre levaram as civilizações humanas a fundarem movimentos religiosos.

Até mesmo a civilização da União Socialista das Repúblicas Soviéticas (URSS) fez isso. Vide a santificação de Lenin que seguidores do regime “comunista” de Moscou impetrou. Até hoje a múmia do ex-líder revolucionário bolchevique está a vista de todos na praça vermelha. O que dificulta hoje de criarmos novos super seres é ação imediata da informação seja por meios radiofônicos, televisivos, impressos e cibernéticos.

Como nos tempos passados esse mecanismo da informação era repassada por via oral ou por manuscritos, determinada história, embora interessante e às vezes até inédita, ganhava contornos mágicos e status ludibriantes, que faziam toda uma civilização acreditarem nos ditados e numa nova fé que se emergia.

Os templos religiosos da humanidade sempre foram centros ligados aos vitoriosos de cada guerra e batalhas. As religiões são bem assim mesmo. Histórias bonitas e cheias de contornos mágicos conduzem os novos religiosos por um mundo de segurança que arregimentam seus soldados em formas de tropas para defender esses novos ideais.

Essa questão dos templos humanitários reside na lógica humana de que para se manter uma civilização, a forma e conduta de um povo deve permanecer a mesma, para que essa mesma civilização não perca força e que resista ao tempo. Tornando-se assim ortodoxa. Todas as religiões em seu início foram revolucionárias. Foi com o tempo que elas ganharam ortodoxia e assim passaram a ser intransigentes em relação a tudo quanto é novo.

Desta forma uma nova idéia passa a ser encarada como lunática. O ser humano, em sua maioria, precisa de pontos fixos para manter a sua fé intacta e inabalável. Quando digo fé não me refiro somente a questão religiosa, mas, sobretudo a tudo aquilo que faz parte de nossa cerne.

É comum que sejam rotulados a pensadores e escritores que desafiaram religiões pelo mundo a fora a visão de louco, depravado, insano entre outras coisas, só porque não concordaram com o Status Quo de uma sociedade seja pelos critérios de moral, ética e conduta. Tudo o que é diferente assusta e se torna folclórico ou um inimigo a ser batido, desonrado e desfigurado.

Entre razões e loucuras de nossos templos humanitários a nossa fé é a nossa razão e a nossa loucura.



(*) Humberto Azevedo, 29 anos, é jornalista
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