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Artigos-->MERCADO DA RELIGIÃO -- 21/04/2005 - 15:27 (Francisco Antonio Pereira da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Religião, Poder, Lei e Mercado.

Por Chico Lobo*



A religião no princípio dos tempos existia para dar explicação aos fenômenos que o ser humano primitivo não sabia definir.

A morte, os fenômenos naturais e outros elementos, hoje devidamente explicados pela ciência eram motivos de pavor, dúvida... A crença em algo inexplicável e sobrenatural "explicava" e "justificava" para os primitivos aquilo que ele não entendia na natureza.



Depois, na idade antiga a religião foi tomada como Lei para oprimir o povo em benefício de seus "lideres". A religião nessa época histórica vinha carregado de conceitos da moral e comportamento, por isso servia como Lei. Vide o caso dos povos hebreus, sumérios, egípcios... Quando o poder não alcançava o criminoso para puní-lo, a consciência do criminoso "pecador" fazia o serviço pelo Estado. Nesse sentido, o cidadão era supervisionado pela sua própria consciência religiosa.



Na idade média até o renascimento, essa punição para com os "pecadores" transgressores da Lei "divina", eram punidos pelos próprio Estado. Nesse sentido, vemos a queima das "bruxas", os "hereges", os adúlteros, ou (principalmente) aqueles que não professavam a fé instituída pelo Estado.



Na idade moderna, a religião serviu para definir regiões de poder segundo suas orientações de "consciência". O mundo foi definitivamente dividido entre católicos, protestantes, muçulmanos, enfim...



A idade do VALE TUDO



Na atualidade a religião é um mercado. Cada um vende "deus" como mais lhe convém mercadologicamente. Para isso, vale tudo. O que ontem era heresia, hoje passa a ser virtude e vice-versa. Mata-se indiscriminadamente em nome de "deus". Vende-se até produtos "profanos" e pornográficos com marcas

da grife de suas respectivas igrejas.



A miséria psico-social dos povos impulsionam as massas desvalidas a buscar por "soluções" de seus problemas e carências. Para tanto, os líderes religiosos mostram em seus meios de comunicações, por medida de propaganda,

seguidores bem vestidos (ternos e gravatas) com aparência de bem sucedidos e desprovidos de problemas, para assim atrair para seu "mercado" mais consumidores de seu produto religioso.



Tamanho é o interesse comercial e de poder hegemônico que o mesmo "deus" é contestado por diversos seguimentos religiosos dentro da mesma orientação de consciência.



O poder e as Leis.



Hoje, esses líderes religiosos estão significativamente representados em todas as esferas de poder da mesma maneira como os donos dos meios de comunicação estão enraizados no congresso nacional (que alias se confundem muito). Esses representantes das empresas da "religião", fazem leis que protegem essas instituições em todos os sentidos. Leis que eximem as instituições religiosas a obrigações fiscais, por exemplo, é uma das "calamidades" legais.



Em cima dessas benesses criadas na legalidade, criam-se grandes conglomerados do comercio religioso, sem nenhum ônus fisco-social para seus proprietários. Trabalho escravo (voluntarismo barato), contribuições populares que se avolumam em milhões de dollares e que são "lavados" em outras empresas, principalmente nos meios de comunicação que fazem reproduzir mais ainda a ação mercadológica dessas "igrejas".



Na verdade, toda podridão "religiosa" que vemos no nosso dia-a-dia, está descaradamente PROTEGIDA pela lei criada por esses empresários da fé.



A força dessa representatividade é tamanha que aqui no Brasil, a própria constituição brasileira, por exemplo, vincula o seu texto, independente da consciência do indivíduo que compõe o povo, a uma suposta "proteção de deus", desrespeitando assim aqueles que não se atem a essas questões de credo.



Conclusão minha:



Enquanto houver padres, pastores, líderes religiosos de toda e qualquer ordem, a humanidade estará afundada na ignorância, o desenvolvimento científico freiado, a falência social proliferada, o comodismo alastrado (deus resolve por nos), enquanto a liderança formada por empresários da fé dominam o mercado, a consciência, a lei, a verdade, a dignidade, o oportunismo, a comunicação social, o mercado, o PODER.



No meu entender, a crença em algo superior é própria do ser humano, algo que o diferencia dos demais seres vivos, uma arrogância humana desnecessária, um desrespeito á natureza, uma supremacia própria da consciência distorcida, principalmente quando se crê num deus com ideário e imagem monárquica, que influencia mentes ávidas ao domínio sobre seus semelhantes.



Leiam Marques de Sade



Chico Lobo

Radialista, produtor cultural
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