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Poesias-->BANQUETE -- 06/04/2002 - 21:05 (Regina Lyra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A entrada é quente

e saborosa,

na espera do visitante sedutor.

O prato inicial reticente

faz lembrar o encantamento

de um tempo único,

- às vezes presente.



Em um diálogo integral

o apetite foi despertado

como retorno do encantado

explode como vulcão adormecido,

- ou mesmo recém nascido.



Naquele momento sentimental

as mãos não sabem o que fazer,

a pimenta do reino,

branca e suave,

É substituída pela malagueta,

- vermelho paixão.

A hortelã que refresca

dá um toque inebriante

ao consumé .



Para o banquete,

iniciado o seu preparo,

de dar água na boca,

o paladar despertado

mostra que se farta no pecado,

apenas se acalma

com um prato bem quente.



A visão escurece

pela cortina do cheiro,

os olhos cerrados

dão origem ao tato,

em um toque freqüente,

sente o tônus do alimento

despertado pelo olfato,

estímulo na boca,

objeto do desejo.



O cheiro inconfundível deste prato,

preparado de forma inusitada,

aprovado pelo gosto e pelo caldo.



O sabor apimentado do mestre

liquida qualquer dieta.



Finalmente,

no vai e vem desta festa,

o seio foi tocado

pelo caldo do prato,

como chave de entrada,

a tranca tímida

teima em continuar fechada!



Enfim a porta se abre,

o talher pode ser colocado

ao lado de cada prato,

o banquete é servido

na sala principal do recinto.



A mesa posta com esmero

decorando o ambiente,

É substituída pela tua mão

num toque indecente.



O apetite aumenta

a mesa é trocada pelo chão,

visão ensandecida...



O banquete mais parece

-alimento do sexo!



A cortina é fechada,

acaba o último ato

no banquete dos famintos,

dos sedentos de paixão...



(Publicado no Livro Insensatas Palavras, 2003)









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