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Infanto_Juvenil-->Quase desmaiei -- 30/04/2010 - 11:53 (Beatriz Cruz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
QUASE DESAMAIEI



No final do ano passado, no meio daquela chuvarada, entrei numa dessas lojas de mil e uma coisas para comprar um guarda-chuva. Havia bem ali na frente uma caixa cheinha deles, todos devidamente fechados e encapados, deixando à mostra apenas o cabo e um ‘babado’ que exibia padrões e cores. Escolhi um cujo xadrez imitava aquele clássico do Christian Dior, afinal de contas, sou mulher de bom gosto. Como sua capa era prateada, fiquei na dúvida se ele também seria assim chamativo, tendo o xadrez apenas nas bordas. Apressada que estava, nem liguei, peguei-o, paguei (baratinho) e fui embora, pensando até na possibilidade de brilhar na rua. Nunca antes em minha vida tive guarda-chuva prateado!

A surpresa veio logo em seguida, ele era muito mais chamativo do que minha vã cabecinha pudesse imaginar. E estranho. Ao abri-lo, quase desmaiei. De Christian Dior ele tinha apenas as pontas, o resto era... de plástico transparente! Mas chovia forte, fazer o quê?

Acabei me acostumando a andar com ele pra lá e pra cá, já nem me lembrava da sua transparência, até que um dia uma amiga ficou encantada. Era o segundo guarda-chuva transparente que ela via e queria porque queria comprar um igual!
Depois dessa, me senti mais valente, precursora dos guarda-chuvas transparentes! Passei a usá-lo até com certa empáfia.

A temporada das águas demorou, enfim parece que acabou. Mas outro dia nuvens pretas cobriram o céu e lá fui eu com ele pra a cidade. E quando não chove, não tem nada mais atrapalhante do que esse objeto nas mãos. Ora o usamos como bastão marcador do andar, ora não sabemos o que fazer para não provocar tropeção, e quiçá a queda de um passante. Ainda mais nesta cidade antiga, onde as calçadas não chegam a um metro e meio.
Estive em vários lugares, sempre preocupada em fazê-lo parar quieto apoiado num balcão, mas ele desobedecia e foi dezenas de vezes parar no chão. Lutei, lutei, fiz abdominais e depois das compras voltei.

Ao chegar em casa, porém, cadê meu guarda-chuva? Esqueci numa loja, na hora de pagar. Pensei em voltar lá no dia seguinte, mas não fui. Só hoje, duas semanas passadas, o recuperei.

Ele passou todo esse tempo bem guardadinho e eu confesso que fiquei contente em vê-lo outra vez.



Beatriz Cruz
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