Usina de Letras
Usina de Letras
158 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62220 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10363)

Erótico (13569)

Frases (50618)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140802)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->A peleja de Zé de Elmar com ACM -- 19/10/2002 - 12:03 (Daniel Fontenele) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vou contar uma peleja
Quando lembro o corpo treme
Busco um gole de cerveja...
Inté o Diabo “vei” pra cá
Para ver Zé de Elmar
Enfrentando o ACM


Certo dia numa feira
Zé de Elmar ficou zangado
Tava formada a zoeira
Sorrindo atravessado
ACM bem sentado
Tomava uma bagaceira


Capitão então pulou
Fervendo de impaciência
O povo se aglomerou
Formando grande assistência
Disse o Elmar: te lascou
Comigo não tem clemência


ACM: Que é isso nobre eleitor
Tenha calma e venha manso
Pois eu venho do senado
Onde grito e não me canso
E você é meio fraco
Pros verso que eu lhe lanço


ELMAR: Não me assusta Diabo velho
E nem demônio moderno
Tu é um porco ruim
Escreva no seu caderno
Da tua banha faço “toicim”
Pra comer lá no inferno






ACM: Se é assim que você quer
Se assegure de cuidado
Canto galope e mourão
Xote, baião e xaxado
Te chamo pra vir agora
Num martelo agalopado


ELMAR: Te arrenego, feto de Satanás
Em verso coroado nos dez pés
Que desde os tempos dos coronéis
Já se sabe das “miséra” que tu faz
Mas agora “encontraste” maus sinais...
Que comigo a peleja é diferente
Pois não há neste mundo um só vivente
Que agüente o repuxo do meu verso
Te arremeto para fora do Universo
No rabo dum cometa incandescente


ACM: Tenha calma, amigo, eu não mereço
Essa raiva assim tão açodada
Parece que tua fúria é orquestrada
Afinal todo homem tem seu preço
No teu caso do que eu trago basta um terço...
Diz-me logo qual é o teu querer
“Vamo” já, abre o jogo, quero ver
Que mutreta eu escondo com fumaça
Te ofereço umas “dose” de cachaça
Enquanto te preparo um “dossiê”


ELMAR: Cramunhão pestilento do caralho
Minha força te fez foi dar xilique
Esse jogo é o do Fernando Henrique
O pai do teu irmão Jáder Barbalho
Afinal mais de mil de ti eu valho...
Acabou-se a sorte que tu tinha
Vou comer o teu “figo” com farinha
Como fez o urubu de Prometeu
E garanto, nem a força de Teseu
Vai manter no teu cu prega rainha





ACM: Eu já vi que contigo é de lascar
Tu é bruto e não aceita nem proposta
Fica aí feito pinto em “mei” de bosta
Achando que consegue me assustar
Já percebo que tu quer é meu lugar...
Que eu faço com que chova canivete
Tu parece a rainha Elisabete
Sem Poder mas cheinha de medalha
Tira logo a cueca e põe mortalha
Pra tu ir pros “inferno” pago o frete


ELMAR: O inferno visitei quando criança
O Diabo de pavor se escondeu
Nesse dia em fiel se converteu
Pois eu fiz do seu chifre minha lança
E seu rabo eu usei pra fazer trança...
Teu “pudê” para mim é só de fama
Por teu sangue minha sede já reclama
E agora vou fazer minha alegria
Inspirado no profeta “Jeremia”
Eu te lasco com a força de Gautama



ACM se assustou
E tentou fazer carreira
Foi quando o povo gritou
Sentem o pau na muleira
Arrochem logo de vez
O cantador de vocês

Uns “demonho” cor de creme
Surgiro num sei de onde
“Sentaru” e “pegaro” o bonde
Do lado de ACM

A turba tomou um susto
Achando que tinha acabado
Zé de Elmar cuspiu de lado
Disse então sem muito custo










ELMAR: Mesmo aqui eu sou danado
Que nem menino atrevido
Enfrento meu pai zangado
Sem medo no pé do ouvido
Que meu elmo é dos romanos
Minha espada de Vulcanus
Não conheço o que é revés
É 13 com 12, é 11 com 10
É 9 com 8, é 7 com 6
É 5 com 4 mais 1
Mais 2 e mais 3
Eu trago um tronco do mato
Pra enfiar fundo nos “quarto”
Do cantador de vocês


ACM: Com os “diabo” eu me protejo
Já se foi todo o meu mêdo
Um cagão agora eu vejo
E que vai correr tão cedo
Porque agora estou zangado
Te afasta “nêgo” cagado
Vou te botar aos meus pés
É 13 com 12, é 30 com 10
É 9 com 8, 14 com 6
É 5 com 4 mais 1
Mais 2 e mais 3
Vou pagar muita propina
Pra por fogo e gasolina
No cantador de vocês


ELMAR: Não sei de onde tu veio
Mas pras profundezas tu vai
Que diabo de bicho feio
Tu é a cara do teu pai
Teu cu parece caverna
Talvez herança materna
tua mãe vivia em bordéis...
É 13 com 12, é 11 com 10
É 9 com 8, é 7 com 6
É 5 com 4 mais 1
Mais 2 e mais 3
É só perdendo o decoro
Que não se tira o couro
Do cantador de vocês


Quando ouviu falar DECORO
ACM deu um grito
E nem com os “diabo” de lado
Resistiu o seu “esprito”
Saiu gritando socorro
Berrando que nem cabrito


Zé de Elmar então sentou
E seu cigarro acendeu...
O povo então lhe perguntou
Essa força, quem lhe deu?

ELMAR: Meu poder eu não devo a ninguém
Já nasci com força descomunal
Dou risada do sobrenatural
Sou daqui, sou dali, e sou d’além
Se me quer ver lutar diga com quem...
Que pra macho eu só deixo uma escolha
Ou eu mato ou ele chupa minha rôla
Somente um “negóço” eu não mastigo
Coisa tola, meio assim como castigo
Eu detesto o gosto de CEBOLA


E o povo aplaudiu Zé de Elmar
Destemido valente do sertão
Pros dragões já se tinha solução
se surgissem o Vermelho ia matar
Tranqüilo se tornou esse lugar...
Mas um dia o herói virou pastel
Se tremia e olhava para o céu
Pedindo a todo mundo em todo canto
“mãezinha me proteja no seu manto”


Que lá longe vem chegando Daniel...

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui