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Poesias-->Catarina -- 11/04/2002 - 00:22 (Raimundo Cassiano Ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Onde andará Catarina ? Nós odiamos Catarina para todo o sempre sem fim, porque ela foi covarde, porque ela descosturou sem piedade nenhuma os vestidos vermelhos de Sinhá Maracá...Catarina é um homem ruim, de modos maus e amarelos. Catarina é destamanhinha...e azeda de se fazer careta quando a gente chupa ela...reparem debaixo dos pés de vocês, para ver se não pisaram nela. Lembremo-nos de suas tranças, de seus seios, das cebolas e das serenatas que ela cantava na noite dos sapos. Os sapos são feios e traiçoeiros quase como se fossem cobras, quase como querendo ser Catarina. Catarina foi-se embora e seus objetos pessoais choraram vidro de lágrimas pontiagudas. Choramos, não. Porque Catarina não sabe, não, lavar os pratos e nem sabe nem um O. Catarina não foi para muito longe, que ela não tem pernas para andar. Catarina era casada com Dona Josefa do Patrocínio e dela pariu 77 filhos, todos deram para coisa ruim: ladrões, assassinos, loucos, distantes, serenados, atrofiados ou distendidos, perigosos, lascivos, roucos, malevolentes e lúbricos...Catarina virará fumaça até que a história acabe. Catarina descatarinariza-se-á até que a enunciação acabe...Gafanhotos, bandeiras tremeluzindo gastando a urdidura do tecido. Manda ela escrever um U pra ver se ela sabe. Sabe nada. Catarina nem tem mão, nem lápis, nem apontador. Catarina é medrosa de barata cascuda marrom de baratinisse, de tangerina murcha, de viver nesse mundo quando ele é bem real. Catarina, se a gente deixasse vivia bêbada e mijando...gostava de mijar, dizia que mijar era a melhor coisa do mundo. Estamos com pena de Catarina, assombrados com o desespero dela de querer ir para o nenhum lugar...desandando...mas deixa ela des-ir..in-ir...Demos asas para que Catarina vire borboleta e voe para a uma aquela mais alta enorme longínqua montanha, até que ela vire um pouco cascalho, e brote brita bruta...deixem Catarina esconder-se e ficar em paz com ela. Preservem, então, Catarina do horror...Catarina não pode explodir...

Pssiu ! ...façam silêncio agora...deixem Catarina gozar e des-ser, des-existir...

Pronto. ...deix’ela ir........................................................................................



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Raimundo Cassiano Ferraz

Setembro 2001





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