Mote: Por incrível que pareça, G(L)OSANDO À ZÉ LIMEIRA
Paulo Nunes Batista
Isto é a pura verdade:
Eu dei um ponta-cabeça
No vão da velocidade...
Glosas: Para mostrar quem sou eu,
De tudo o que sou capaz,
Dei um chute em satanás
Quando ele me apareceu.
O Bilifute correu.
E eu disse: Ô Bicho, conheça
Que, por mais que você cresça,
Nada vale em minha frente.
O Cão sumiu, de repente,
Por incrível que pareça.
Eu tava em casa dormindo,
Me chegou um dinossauro
Que tinha a cara do Mauro,
Pegou comigo bolindo.
Comecei me distraindo
Naquela oportunidade:
Com toda suavidade,
Pequei o monstro de jeito-
Mordi e “passei no peito”,
Isto é pura verdade...
Eu tava comendo ferro
Que nem um pinto com gogo.
De repente, botei fogo,
Gritando: Eu falo, e não erro.
No que dei aquele berro,
Alguém me pediu: Não desça,
Antes que a guerra aconteça...
Olhei: Era a Besta –Fera!
Mas, antes de ver quem era
Eu dei um ponta-cabeça...
Aí, foi que mandei brasa:
Me virei num furacão.
Fiz um buraco no chão
Que o Japão quase se arrasa.
Depois, voltei para casa
Com toda tranqüilidade.
Sobrevoei a cidade.
Mastiguei o pensamento.
Fiz sanduíche de vento,
No vão da velocidade!...
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