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Artigos-->Ideologia -- 20/05/2005 - 11:15 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O termo não é novo, mas em termos de registro histórico relativamente. De fato. Segundo Raymond Boudon, que aborda o tema intensamente na obra Ideologia, publicada no Brasil pela Ática,teria surgido com Destutt de Tracy ao fim do século 18, e significava a ciência da gênese das idéias.

Foi discutida por centenas de pensadores, entre tantos, Marx, e é tratada num livro de 310 páginas. Portanto, qualquer comentário deste autor menor é menos que insignificante para um filósofo ou cientista social considerar.

Mas na prática, como entender ideologia? Quem domina isso? Os grupos de poder? A massa? Quem exatamente?

Marx criticava a ideologia, por acreditar que as premissas que compunham uma determinada senda intelectual poderiam estar sendo direcionadas de modo a enganar, manipular as massas. Outros autores chegam a afirmar que a ideologia parte de princípios ilusórios, portanto seria falsa na gênese.

É sobre esse ponto que pretendo apoiar um comentário despretensioso sobre a atual situação política do Estado de Rondônia.

Sobre a falsidade genética de algumas instituições que estão sob a mira e sob a ira da população.

Embora arriscando um processo, já que o Poder Judiciário tem uma força maior entre seus membros do que na instituição propriamente dita, gostaria de tecer um pequeno comentário.

Na constituição dos poderes sugerida pelos filósofos positivistas haveria necessidade de que o Executivo, o Judiciário e o Legislativo fossem independentes para que os cidadãos tivessem algum tipo de proteção contra o abuso de qualquer um deles.

Bem, isto enquanto proposta filosófica. Mas, na prática, qual é realmente a independência que existe para o bem da população?

Em alguns momentos não é possível perceber. É bem recente o episódio da demissão de dez mil funcionários por parte do atual prefeito de Ji-Paraná e ex-governador José Bianco.

O Legislativo cruzou os braços e o Judiciário referendou o que por alguns foi considerada uma hecatombe. A população assistiu, inquieta, acuada.

Passados alguns meses o Poder Judiciário em esfera Federal anula a decisão da justiça rondoniense. Como? Por que?

Obviamente o poder maior entendeu que houve no mínimo um equívoco no Estado de Rondônia.

Arrisco a pergunta: equívoco ou premissa falsa, como colocam alguns autores ao abordar a ideologia?

O processo da gênese institucional teria provocado tal situação? Ou seria apenas a falta de independência que estaria interferindo sobre o processo? Vejam, um problema de gênese.

Bem, vamos ao momento atual. A gênese do problema que se discute em cada boteco de Porto Velho, em cada quintal, em cada esquina.

O problema, apontado pelo próprio governador Ivo Cassol, foi uma tentativa de extorsão envolvendo alguns parlamentares. Tudo registrado, gravado. Pronto para uma reportagem televisa. Muito bem.

Mas um, apenas um representante do Poder Judiciário, foi o suficiente para impedir que o material fosse veiculado no programa Fantástico, da Rede Globo, no dia 15 de maio de 2005. Um representante. E mais uma vez a população foi alijada de seus direitos, um dos principais, o de estar informada. Talvez o maior, não é o foco do momento.

A gênese. Mais uma vez. Representantes teóricos da população, os poderes legislativo, executivo e judiciário(diminuídos pela atitude dos seus representantes) falsearam na sua finalidade, o equilíbrio social.

Gênese. Outros diriam que não, apenas falha na aplicação do princípio.

Sim. Mas então surgem outros questionamentos, que poderiam desencadear outras teses. Mas fica uma pergunta principal, já que não é meu objetivo alongar demais o texto, apenas suscitar a discussão: que princípio ideológico norteia os três poderes no Estado de Rondônia? Sim, rabisquei tudo isso apenas para fazer uma pergunta.

Só isso, sem maiores pretensões.



Publicado no site rondoniadigital.com.br em 20/5/2005
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