Hoje é um dia triste: morreu, aos 99 anos, um pouco da esperança de ser feliz. Um pueril encantador de gerações, o palhaço sério, Waldemar no nome; Arrelia no ser: os dois se encontraram para a última viagem. Hilariante certamente.
Vida e obra distinguiram-se no homem e se aproximaram no palhaço; ilustraram sua vocação à seriedade e designaram os caminhos retos do "ser gentil"; abrilhantaram nossas vidas simples e ofuscaram os detentores do mau-humor perenal.
Como não lembrar "Como vai, como vai, vai, vai... Eu vou bem, muito bem, bem, bem..." cumprimento trivial, nos tempos imemoriais da educação mais elementar?
Como esquecer a bengala inseparável a piruetear em saltos e giros saltimbancos?
Waldemar Seyssel, o mortal, enlutou-nos ao mitificar Arrelia, o pândego deus do riso.
Descansa em paz, Palhaço!
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