Pouco me importa o que é importante
a não ser o que me seja necessário.
Tenho o egoísmo dos loucos,
loucos que se desvinculam
do amor postiço e saciam o atrito
entre o ensejo com o que é desejado,
que beiram entre o óbvio
e a lucidez equivicada.
Pouco possuo do que se diz de urgente.
Apenas a tenho como
uma conviniência sutil.
Sei que me é urgente ser mais urgente
do que de mim mesmo se insinua.;
um amor sem extra-unção
querendo um efeito à luz do dia,
na noite que carrega vícios.
Aprendi com o resto da minha vida
que as desculpas são quase sempre
como um sorriso cruel que brilha em silêncio.
Já não espero que um dia,
lembranças se tornem
o começo de uma nova morte,
um advento de uma vida caída.
Já não espero honrarias, promessas,
tenho meus sonhos em enigmas,
debatendo na ilusão de um suposto existir.
A qualquer um que seja,
a minha última chance,
o meu afeto, a minha distâcia:
como poderá então,
tornar a minha luz? |