Quando cheguei por aqui,
escrevi alguns poemas,
e os chamava de “cordéis”,
porque não via problemas,
toda poesia era igual,
escrever era normal;
eu escolhi alguns temas.
Vendo minha ignorância,
os mestres me acolheram,
Rubenio deu boas-vindas,
e todos me receberam,
porque eles entenderam,
a minha necessidade
de aprender com humildade
as regras que um dia leram.
Então o Piolho Chato,
junto com o Daniel,
publicaram essas regras,
que são básicas pro cordel,
e eu imprimi num papel,
pra ler com muita calma,
essa paixão que minh’alma,
herdava do Menestrel.
Escrevi alguns cordéis,
sei que ainda, imperfeitos,
e ia lendo outros tantos,
pra ver se eu pegava o jeito;
depois fiz muita amizade,
que a Usina é Irmandade,
se você for bom sujeito.
Para César Alencastro,
faço uma colocação,
repense sua atitude,
retirando a agressão,
todo ser humano erra,
desista logo da guerra,
pra receber o perdão.
Talvez só tenha sido,
“brincadeira inocente”
seu cordel que envolveu,
o nome de tanta gente,
mas há, o que se recente,
e também não lhe conhece,
e que ainda assim merece,
o respeito consciente.
Roberto de Lima e Souza
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