A evolução dos seres vivos mostra claramente que conseguiram sobreviver à extinção, nos milhões de anos que a vida está presente na superfície da Terra, somente aqueles animais que foram capazes de melhor adaptar-se às mudanças. Os demais, como os dinossauros, foram implacavelmente extintos e hoje só restam deles seus ossos para serem vistos nos museus de História Natural.
Com os empreendimentos e negócios não são acontece de forma diferente e entre eles, que vivem no mercado, onde a competição cada dia se mostra mais acirrada, a taxa de sobrevivência e de vida longa geralmente é muito baixa.
Se buscarmos, entre as empresas brasileiras, quantas são as que tem mais de cem anos, vamos encontrar um número muito reduzido. Se buscarmos entre esses mesmos empreendimentos com mais de cem anos, companhias que continuam na liderança de seus setores, vamos encontrar um número mais reduzido ainda. No nosso país tem sido muito raro que a obra sobreviva ao autor, o empreendimento ao fundador.
O que fez com que alguns empreendimentos de sucesso, diferentemente de centenas de outros menos bem sucedidos e já desaparecidos, extintos, se tornassem marcas centenárias?
Sem dúvida nenhuma, tal como acontece no processo seletivo da natureza, foi sua capacidade de reagir às mudanças do mercado e de se adaptar a novas condições.
Mas, certamente foi também uma característica marcante, presente a todos os empreendimentos de sucesso: a diferenciação.
Uma empresa, um negócio, atuando em qualquer mercado, precisa ter um nível de diferenciação em relação ao concorrente que o torne melhor e atraente aos olhos do cidadão consumidor de seus produtos e/ou serviços.
Não é assim também em relação às pessoas? Qual é o jovem que faz suceso numa discoteca? Não é o que, por alguma razão, algum adereço, algum adorno, alguma qualidade excepcional, se diferencia em relação aos demais? Não se afirma também que a principal arte do marido ou esposa de sucesso é evitar a rotina e criar, periodicamente, situações originais que evitem a monotonia e o fracasso?
No baile da vida empresarial, não é muito diferente.
Vai vender mais, vai faturar mais, vai se tornar conhecido e vai alcançar o sucesso permanente, a empresa que souber criar o inusitado, o diferenciado: o algo mais que atrai e fascina o cliente, mantendo-o, psicologicamente, preso à marca e aos produtos e serviços oferecidos.
Isto é válido principalmente para as empresas de prestação de serviços, que necessitam fazer com que o cliente esteja sempre sendo alvo de ações e promoções que busquem chamar sua atenção e evitar que ele se deixe encantar pelo concorrente.
Internamente também é muito importante, para motivar os funcionários, que a empresa esteja sempre incentivando a busca de inovações, de soluções novas e diferenciadas para problemas velhos, encorajando os parceiros a pensarem em solucionar as mais diversas questões, para manter o clima de desafios que resultam em conquistas que serão apreciadas por todos os envolvidos.
Ser diferente não é questão de vaidade no mundo dos negócios. É questão cruscial, ligada à sobrevivência a médio e longo prazo.
Ainda esta semana, reúna-se com os membros de sua equipe. Faça uma lista do que os seus principais concorrentes fazem atualmente e que os diferenciam no mercado em que você atua. Honestamente, analisem em conjunto, aquilo que está atraindo os clientes para a concorrência.
São esses pontos que esperam sua a atuação e reação. É ali que o concorrente está ganhando seu mercado e "roubando" seus clientes. Estanque a sangria, usando a criatividade e criando condições diferenciadas que favoreçam você.
Atitudes como esta, ajudam a empresa a não se tornarem dinossauros e a viverem, saudáveis, por centenas de anos, sempre em posição de destaque no mercado em que atuam.
Mário Galvão é jornalista e profissional de RP
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