Usina de Letras
Usina de Letras
148 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62210 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10356)

Erótico (13568)

Frases (50604)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140797)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->SOS POESIA -- 11/12/2001 - 09:08 (guido carlos piva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SOS POESIA - MOVIMENTO "POESIA PÉ NO CHÃO"

Desde que nascemos convivemos com poesia. A canção de ninar que a mamãe ou vovó entoava para que dormíssemos, as cantigas de roda, as letras dos hinos, das músicas; a infinidade de versos e estrofes que todo mundo sabe de cor e que a gente diz e ouve frequentemente; certos anúncios, certos cartazes, certos grafites... Não é óbvio dizer que tudo isso pelo menos contém poesia!? Contudo, fizéssemos, entre nós brasileiros, uma real pesquisa de opinião sobre o tema gostar ou não de poesias, independente ou não do grau cultural de cada pesquisado, chegaríamos à infeliz e triste realidade de que a grande maioria de nossa população leitora, não gosta e não lê poesias. E isso é mau, muito mau! E o muito pior, não gosta porque, das raras vezes que tentaram ler poesias não as entenderam. A bem da verdade, como poderia gostar de algo que não consegue entender?

Desculpem os enrolados, poetas e escritores assoberbados, inflados de linguagem "supimpez". Este é um manifesto da poesia, poesia... Clara, objetiva... Em português! Não àquela empolada, afetada, que só a entendem dois ou três.

POESIA PÉ NO CHÃO

Eu sou a poesia, poesia...
Universal! Entendível, original.
Do povo, da rua, do quintal.
Isenta de requintes do exagero
Simples, culta, precisa, natural.
Com cadência, com tempero!
Eu sou a poesia... Poesia dia-a-dia
Versejo do imprevisível ao necessário
Do visível ao presumível.
Do real ao imaginário. Sou absoluta
Explícita, livre de "palavra-dicionário".
Eu sou a poesia, poesia... Natural
Tal e qual a do Bandeira, do Buarque.
Do Caetano, do Vinicius, do Gullar.
Do Cazuza, do Seixas, do Quintana.
Do Millór e de tantos desta arte milenar
Não tenho a popularidade do Cordel
Nem o mel e a sofisticação parnasiana!
Eu sou apenas poesia, poesia...
Autêntica, pura e soberana!
Sou a poesia, poesia... Sem senão.
Eu sou a poesia pé no chão

Chega da poesia complicada
Da linguagem inelegível
Da metáfora exagerada
Da palavra sem canção
Da dialética assoberbada
Da reticência incompreensível
Da poética camuflada
Da frase sem razão
Eu quero a poesia ritmada.
Clara, objetiva, musicada.
Solta, rimada, sem senão.
Eu quero a poesia soberana
Simples, sem pestana.
Eu quero a poesia pé no chão!


GUIDO CARLOS PIVA
E-MAIL- guidopiva@terra.com.br

QUASE NATAL - 11/12/2001
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui