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Artigos-->POTIGUAR MATOS -- 22/06/2005 - 08:29 (Wilson Vilar Sampaio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PERNAMBUCANOS QUE NÃO DEVEM SER ESQUECIDOS- 9

PROF. POTIGUAR FIGUEIREDO MATOS Por Wilson Vilar Sampaio





Potiguar Figueiredo Matos nasceu no dia 11 de abril de 1921, em Pesqueira, cidade do agreste pernambucano, na serra do Ororubá. Eram seus pais Francisco Roberto Matos e D. Umbelina Figueiredo Matos, que além de Potiguar, tiveram mais 12 filhos.



Potiguar Matos viveu a meninice em Pesqueira, cidade tranqüila, onde fez o curso primário na escola de D. Antonieta e depois, na escola de D. Zilda, Mestras sempre lembradas.



Ao entrar na adolescência, sentiu despertar em si o gosto pelas letras e passou a colaborar com artigos e comentários para o "Jornal de Pesqueira".

Aos 15 anos, foi mandado para o Recife, onde conseguiu matrícula no Ginásio Pernambucano, graças à lei que isentava do pagamento de taxas escolares (caso a escola fosse do governo) o 8º filho de família numerosa e de poucas posses.



Antes de concluir o curso e precisando ganhar dinheiro para se sustentar condignamente, começou a ensinar algumas matérias do curso ginasial nos colégios particulares Carneiro Leão, Nóbrega e Salesiano, estendendo sua atuação também para os colégios da rede oficial, como o Estadual do Recife e o Instituto de Educação de Pernambuco. Era uma situação irregular, porém aceitável na época, visto inexistir no país escolas para formação de professores do nível médio.



Ao ser inaugurada a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Manuel da Nóbrega, no Recife, em 1945(que seria uma das primeiras do Brasil), Potiguar Matos nela se matriculou obtendo a licenciatura em História e Geografia no ano de 1946.



A partir daí, dedica-se o professor Potiguar Matos à carreira das letras, cada vez com mais afinco até conseguir – através de concurso – a Cátedra de História do Brasil do Colégio Estadual do Recife, com a tese " Da História Americana: possíveis sugestões em torno de uma interpretação pragmática(1965) ", na qual desenvolvia idéias que eram citadas freqüentemente nos meios intelectuais recifenses, motivando análises, estudos, aceitações e oposições.



Outros trabalhos literários vieram a lume, tais como "Da Heurística. Alguns Problemas", que pelo interesse suscitado foi escolhido para figurar no número inicial da Revista de História Municipal, sendo depois publicado em separata, no ano de 1977.



Escreveu também "Consideração à margem de um Humanismo "; "Atualidade dos Estudos Históricos"; " Gente Pernambucana "; "Cultura Luso-Brasileira e Economismo"; " Exercícios de História" , " O Atlântico Ocidental e os Antigos", " Breve Introdução à História da Antiguidade Oriental", "Gilberto Freyre- Historiador", além dos livros " História do Brasil", " Exercícios de História " e " Clube Internacional do Recife- Um Século de História".



Confirmando "a veia jornalística" dos tempos de colaborador do " Jornal de Pesqueira", Potiguar Matos aos 25 anos de idade era Redator e Colunista do Diário da Manhã, editado no Recife, chegando depois a ser Editorialista do Diário de Pernambuco.



Além de professor, escritor, ensaísta, conferencista e jornalista, Potiguar Matos foi também poeta. Começou um pouco tarde, mas a sensibilidade que nunca lhe faltou e o conhecimento lingüístico que acumulou através dos tempos, deram-lhe o escopo necessário para acordar o poeta que escreveu os livros " 12 Poemas de Outubro" e " A Face e o Tempo" , este último vencedor do prêmio de Poesia Othon Bezerra de Melo, em 1982.



Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da UPFE e obteve ainda o Bacharelato em Geografia e História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da UNICAPE, somando-se a estas duas formaturas a Licenciatura em Geo-História pela Universidade Católica de Pernambuco- UNICAPE, obtida em 1946.



Entre os muitos cargos quer ocupou, foi Vice-Reitor para Assuntos Universitários –UNICAPE, 1967-1969 e depois Reitor da mesma universidade no período 1969-1971.



Ocupou outros importantes cargos públicos, destacando-se a Presidência do Serviço Social Agamenon Magalhães, a Diretoria do Arquivo Público Municipal e a Chefia do Departamento de História do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, da UFPE.



Os seus vários livros e trabalhos literários o credenciaram à Academia Pernambucana de Letras, onde tomou posse em 14/05/1987, na cadeira n. 21, cujo patrono é o escritor Carneiro Vilela; e também foi sócio titular do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico de Pernambuco.



Potiguar Matos faleceu em 19.02.1996 e, relembrando o memorável discurso que pronunciou na APL, sessão solene de 24/02/1992, em homenagem à memória do escritor Nilo Pereira, dizemos que outra grande sombra povoará os corredores da Academia Pernambucana de Letras, se incorporando às tradições da velha academia e caminhando ao lado de Gilberto Freyre, Mauro Mota, Laurênio Lima, Brito Alves, Flávio Guerra, Fernando Pio, Vanildo Bezerra e tantos outros ilustres falecidos num período relativamente curto: É a sua sombra amiga, Professor Potiguar Matos, que paira também sobre os tantos colégios do ensino médio e as tantas faculdades e universidades que tiveram o privilégio de tê-lo como Mestre.







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