Quem estuda História percebe claramente que a primeira preocupação de todos os grandes líderes foi sempre em manter a comunicação permanente com seus liderados. O império romano manteve-se por quase dois mil anos principalmente porque soube construir, de uma ponta a outra de sua área de dominação, uma impressionante rede de estradas. Faltou comunicação e a liderança está posta em risco.
Assim, seja num império, seja num pequeno empreendimento, como uma agência de viagens, ou seja numa grande empresa de transporte aéreo, as comunicações internas são fundamentais para que as lideranças sejam mantidas e consolidadas ao longo do tempo.
Nunca reclame portanto do aparente número excessivo de reuniões ou do grande número de informações que lhes são enviadas, se você trabalha numa empresa de porte. Elas objetivam manter você informado, numa época em que as mudanças são constantes e as diretrizes e táticas empresariais precisam estar mudando constantemente para se adaptar aos novos tempos.
O problema é quando mudanças acontecem e as pessoas não ficam sabendo.
O ruim é quando o líder deixa de se comunicar com os subordinados.
E para que a comunicação flua numa empresa grande, todos os responsáveis por posições de chefia devem estar sempre conversando e trocando idéias com seus funcionários, não guardando jamais as informações que chegam na gaveta, achando que podem e devem ter conhecimentos privilegiados.
Hoje em dia, recomenda-se que as empresas redobrem suas preocupações com a comunicação interna, pois a cada vez que mudam de rumo para acompanhar as mudanças do mercado, os funcionários, em todos os níveis, precisam conhecer a nova direção a ser tomada, para poderem remar a favor ou ajudar os remadores a irem na direção certa.
Já se disse que nada pior do que remar velozmente, mas na direção errada. Mais rápido se cai na cachoeira.
Além disso, o líder que conversa, que se reúne com os componentes de sua equipe e que comunica-se bem tem a vantagem de motivar seus subordinados, aproveitando também a oportunidade para ouvir deles sugestões para melhoria do desempenho da empresa.
Se você exerce de alguma forma, na empresa ou fora dela, uma atividade de liderança, lembre-se também que nada substituirá a sua palavra, o seu olhar e a sua presença. A liderança se exerce, sobretudo, por ambas. Mas, se não estiver presente, o líder poderá usar de todos os meios de comunicação hoje colocados a seu dispor para fazer chegar suas novas diretrizes aos que lidera. Basta estar atento para isso e não se descuidar, porque liderança é contato permanente. E essa é uma iniciativa que não se pode delegar ou adiar, sem causar danos, às vezes irreversíveis, aos empreendimentos.
Mário Galvão é jornalista e profissional de RP
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