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cronicas-->Quem fosse o gato -- 13/04/2000 - 20:55 (Luiz Cláudio Gandim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Muitas vezes, não percebemos o quanto somos carentes de uma mão afagando nossos cabelos, de encostarmos nossa cabeça no ombro de alguém do sexo oposto, de ganhar um elogio, fazer e receber juras de amor, falar segredos que só os nossos travesseiros conhecem, de ganhar um colinho.

Tudo isso faz parte da nossa natureza. Não somos máquinas que são programadas para fazer determinadas tarefas. Temos sentimentos, pensamos e agimos conforme a nossa educação, nossa doutrina religiosa, os nossos princípios de seres humanos.

Fazem uns vinte dias, eu estava saboreando uma mini pizza numa pizzaria de propriedade de um casal de amigos, matando minha sede tomando uma cervejinha - afinal de contas ninguém é de ferro, tinha passado algumas horas em frente ao computador escrevendo meus contos.

Eu conversava com a Zuleica quando apareceu um gatinho pequenininho, feinho, provavelmente atrás de comida, pois seu instinto é andar atrás de comida. Nós seres humanos não somos tão diferentes: estamos sempre em busca de algo que dê sentido à nossa existência.

A Zul colocou o Gatinho em seu colo e começou a acariciar o "bichano". Começamos a notar como ele ficou quietinho em seus braços. Estava ali um bichinho frágil, indefeso, recebendo o que muitos anseiam em receber.

Comecei a meditar na importància de um ato de carinho na vida de qualquer ser vivente que habita em nosso planeta.

Se um simples gatinho necessita de um afago, imagine nós seres humanos mortais, que estamos longe de nossa pátria eterna.

Pois saímos do Pai (Deus) e é nosso desejo e dever a Ele retornarmos. Claro que tentamos saciar essa carência com falsos caminhos, com os afazeres diários para esconder as nossas insuficiências. Naquela hora eu senti inveja daquele bichano.

Quantas crianças, idosos, e mesmo os jovens e adultos bem asseados, com um bom emprego, e uma vida estabilizada, não desejariam estar no lugar daquele gato magro por alguns instantes?

Quantos males não seriam banidos se o ser humano fosse mais amado e menos complicado? Mas enquanto o individualismo, a aparência, o dinheiro, o poder e o machismo reinarem em nosso dia-a-dia, eu e muita gente, sentiremos inveja dos gatos e cachorros que são acariciados em nossa presença.

Graças a Deus, ainda existem pessoas como a Zuleica, que acolhem os animais indefesos.

Mas, e nós? Será que vamos acabar pedindo aos gatos e cachorros para que nos acariciem?

Kau, 10.02.2000
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