Minhas mãos aventureiras
ordinárias e safadas
escalam morros e cordilheiras
sempre descuidadas
vive errando estradas
descobre novas trincheiras
Minhas mãos de mago
com dedos atabalhoados
que engole num só trago
pelos antes eriçados
em apelos simples vago
em grutas amordaçados
com carinho faz estrago
Minhas mãos sempre safadas
mesmo quando não fazem nada
aprontam estripulias suadas
escondendo o recheio da rabanada
nas palmas sempre coradas
nos toques engaiolada