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Cronicas-->Merda -- 14/12/2001 - 20:41 (Carlos Delphim Nogueira da Gama Neto.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Merda!


Puta que os pariu!
Penso, enquanto minha testa lateja de raiva e impotência.
Impotência, sim! Quem leva a vida como cidadão (tomando no rabo) e sem conseguir ver outra imagem que não seja a mesma de sempre, se perpetuando no poder, se sente um impotente. Que merda! Vai continuar o PFL a dar ordens?
Puta que os pariu!
A todos aqueles que votam de rabo preso, sem raciocinarem ou, apenas, por interesses pessoais e mesquinhos.
Puta que os pariu!
A todos aqueles que se calam, se acomodam e se acovardam.
Puta que os pariu!
A todos aqueles que ocupando cargos na esfera pública e, por razões inúmeras, se omitem, sem sequer se envergonharem.
Puta que os pariu!
A todos aqueles que deveriam fiscalizar contratos (para isso recebem e, geralmente, muito bem) espúrios ou não, de concessão de exploração de serviços públicos e não o fazem. Puta que os pariu!
Vocês podem dizer que os termos são chulos, de baixo calão mas, hoje, eu quero que se fodam as opiniões alheias e as possíveis consequências desse meu desabafo. Quem não quiser, que não leia.
Mas, mesmo assim, vou justificar ou tentar explicar um pouquinho daquilo que me leva a escrever estas poucas e pornográficas linhas.
Estou com uma gripe danada, já faz alguns dias. O corpo quebrado e o ànimo alquebrado, também. Mas, isso é problema meu! Digo isto, antes que aquele juiz, que julgou e negou o pleito dos dois aidéticos, venha dizer que: "Todos somos mortais. Mais dia menos dia, não sabemos quando, estaremos partindo, alguns, por seu mérito, para ver a face de Deus, isto não pode ser tido por dano".
O que eu quero dizer é que, quando estamos fisicamente abatidos, existe uma predisposição natural para observar a vida em seus aspectos negativos. Mas, nem por isso menos reais.
Ao contrário de alguns metrós, como o daquele país do qual imitamos tudo o que não presta, o da cidade de São Paulo sempre primou pela limpeza, pela organização e pelo aspecto impoluto de suas estações, instalações e seus veículos.
Aí você se depara, sem que pudesse imaginar, com uma composição escura, feia e com aspecto de sujeira, chegando à estação.
Haja humor!
Observa atentamente e começa a fazer as suas conjecturas. Afinal, toda aquela composição pintada daquela forma e com aquele mau gosto, só poderia ser resultado das "concessões", das "mamatas" e das "mamadas".
Tem gente que tem a mania de dizer que eu tenho uma visão cítrica, mas, vamos lá. Querem caminhar comigo, por entre os limoeiros que povoam a minha mente?
Esta empresa...
Qual?
A mesma que comete toda a sorte de desmandos e abusos contra os usuários de serviços de telefonia e ninguém consegue que os "responsáveis" pela fiscalização (risos) tomem qualquer medida coibente.
Já azedo, chega-se ao final da linha em busca de uma passagem de ónibus que leve a Santos.
O relógio marca 11:48 h. e a passagem que lhe vendem é para as 12:15 h. Que diabos! - pensa você - Com tanta pressa e ter que esperar quase meia hora.
Mas, tendo em mãos algo de bom para ler, sempre são minimizados os dissabores da espera. Compra-se umas balas e vai-se ao banheiro...
O quê? Ter que pagar um adicional que equivale a 15% da tarifa do ónibus intermunicipal, só por uma mijada?
É, isso mesmo! R$ 1,00 para desaguar a bexiga.
Porra! E os R$ 0,59 da taxa de embarque?
Sei lá! Quem deveria saber disso não está nem aí e o povo, capacho, paga, se cala e depois elege esses mesmos dejetos que aí estão.
Assalariado não tem direito à micção e, se fizer isso à moda canina (no poste), vai se haver com o representante da lei.
A saída é dar um nó na pingola, para quem pode. Quem, não tem para isso, o melhor é arrumar um barbante, uma fita e amarrar a "coisa" para não verter sem querer ou, querendo e sem controle...
Bem, não vou contar qual foi a saída que arrumei. Mas, acabei me sentando confortavelmente em um daqueles "refresca rabo" bancos de concreto, saquei do livro "As Cronicas dos Anjos de Prata" com o qual me presenteou a Ana Luísa e retomei a leitura, interrompida ao final da viagem no Metró.
Alguma coisa me distraiu do conteúdo daquelas linhas e eu olhei para o relógio; eram doze horas, em ponto. E o tal ónibus prestes a partir. Levantei-me e resolvi olhar o painel do veículo. Estava escrito: 11:45 h - Ponta da Praia.
Era o meu ónibus, com meia hora de adiantamento. Beleza!
-Moça: posso ir nesse? Venderam-me, faz quase quinze minutos, uma passagem para o ónibus das 12:15 h. mas é uma diferença de meia hora.
-Não senhor! Esse aqui já está atrasado. O senhor vai ter que viajar no próximo.
E você queria que eu não estivesse fulo da vida? Que não rasurasse o verso destes documentos (uma escritura) para rabiscar esse meu "emputecimento"?
Quem se doer com isso e pretender me contrariar, ao invés de imprecar contra mim, que vá cobrar de seus pares e parceiros a parte que lhes cabe na solução ou em uma saída para essa bagunça.
Já sei! Não quer, não fica bem, dá trabalho...
Sabes, ao menos, qual o legado que vais deixar para os seus descendentes?
Merda!
PS: Já que sobravam quinze minutos e o "coitado" estava reclamando da coleira, desamarrei o fitilho do pescoço dele e o levei para um passeio nas instalações sanitárias do botequim, no outro lado da rua.
Ainda bem que os estabelecimentos que lidam com o público (sem concessões, é claro!) são obrigados a manter instalações sanitárias, e gratuitas, para o público em geral.
- Que delíiiiiiiiiiciiiiiaaaaaaaaa!
Penso eu, imaginando que a cuba seja a cabeça de qualquer um desses incompetentes de plantão.

Carlos Gama, www.suacara.com
06 de dezembro de 2001 - 17:17 h.






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