Eu nunca gostei de política, nunca achei os métodos dos políticos aceitáveis, mas ainda assim nunca deixei de exercer meu direito ao voto, à plena cidadania.
Nas últimas eleições, eu, assim como a maioria dos brasileiros, me permiti ter esperança. Acreditei que algo poderia ser diferente. Por um momento aceitei a utopia de que poderia ter gente honesta exercendo o poder governamental de nosso país.
Eu errei. Só existe gente “honesta” na oposição, pois no exato momento que tais opositores chegam ao poder são tragados pela máquina corruptora e para lembrar uma música do Paulinho da Viola: "...irmão desconhece irmão...".
No entanto, há de se registrar uma coisa mais grave acontecida desde as últimas eleições, as inúmeras e contundentes manchetes jornalísticas que invadiram nossos lares nos mostraram que, como já disse Caetano, “...enquanto os homens exercem seus podres poderes...” nós, brasileiros comuns, nos deparamos com uma dura realidade: não podemos ter esperança em mais ninguém.
Ideologia no Brasil é sinônimo de demagogia. Esse foi sem dúvida o grande mal causado pelos atuais políticos compradores e vendidos que sempre negam o crime explícito, eles nos tiraram o direito de sonhar. Eles nos tiraram a esperança. Para esse crime, não há perdão.