Ontem,ali, uma Lua cheia
Hoje, aqui, manhã de Sol.
Ambos, grandes e redondos,
Pensos, rubicundos, densos
Pendurados, firmamento.
Eu sempre bobo, espiando,
Mortal au-au, sempre olhando,
Beleza da eternidade,
Poço enorme de vaidade,
A pensar que sou alguém.
Não sou ninguém, somos nada,
Nascer do Sol não se acaba,
E a Lua cheia, também.
Se repetem, eternamente,
Beleza não é fugaz.
Enquanto a carne que é fraca...
Perece, acaba, apodrece,
Um dia fica prá trás.
Descanse idiota, em Paz!
|