... e não preciso de socorro!
Dizia Walter para a sua amiga Claire, sempre fraterna e doce no carinho das palavras.
- Wal, desfaça isso do pensamento. Afinal o incidente está esclarecido e tudo ficou claro como água...
- Não é por aí, Claire, que a filhó cae ao chão e o gato a leva. O mal está todo nas coisas banais que tornam as atitudes mortais para a alma. Ainda não sei bem, para ficar tranquílo, qual o desfecho final na magnífica boa fé que sem querer atingi...
- O Walter, você parece-me mesmo um garotinho ingénuo a desculpar-se. Então não anteviu que numa ratoeira cae mais depressa uma criança do que um rato?
- Claire, não meta aqui crianças... Ainda fico mais fulo comigo próprio. Estou mesmo dolorido com esta aberração do destino.
- Aberração? Destino? Mas foi você Wal... Foi...
- Sim. Não insista com isso. Então não vê que está a torturar-me a mente? Ah... Claire, até parece que não é minha amiga.
- Vem... Walter... Isso não lhe admito. Olhe que ainda não perdeu a primeira e acaba por perder a segunda.
- Bom... Bom... o melhor é acabarmos já com isto. Vou mesmo optar pela claridade, muito clarinha e sem mais. O ângulo da verdade é fechado de mais mas vou abri-lo...
Walter apontou a ponta do rato ao disparo do mail, e a verdade partiu, em demanda do exemplo que pretendia não errar uma única vez. Mas a vida é assim: tudo bem e de repente, acontece!
----------------- Torre da Guia ------------------