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Artigos-->A milícia de Chávez: dois milhões de homes armados -- 25/07/2005 - 11:03 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A milícia de Chávez: dois milhões de homens armados



por Ludmila Vinogradoff em 09 de julho de 2005



Resumo: A militarização promovida pelo presidente Hugo Chávez está planejada para enfrentar uma hipotética guerra assimétrica contra os Estados Unidos.



© 2005 MidiaSemMascara.org





CARACAS – “Se algum dia me disserem que dispare contra outro venezuelano, deixarei as armas de imediato porque não me alistei para uma guerra civil”, afirma Darío Gómez, um reservista que realiza os trâmites para inscrever-se na milícia popular, denominada Unidades de Defesa Revolucionária, que o presidente Hugo Chávez pôs em marcha, para a eventualidade de que tivesse que enfrentar uma suposta invasão dos Estados Unidos.



Na Barcelona venezuelana, Gómez se prepara para ingressar nas fileiras de um exército que terá entre um milhão e meio e dois milhões de milicianos, paralelo à Força Armada Nacional de 50.000 homens, onde se supõe que poderão obter o salário básico de (400.000 bolívares, uns 120 euros por mês), comida quente diária e o teto dos barracões de um quartel para “defender o país da invasão estrangeira, porém jamais para enfrentar os venezuelanos entre si”, esclarece Gómez.



Dois milhões e meio parados



Na mesma situação sua encontram-se mais de dois milhões e meio de desempregados em busca de alguma atividade fixa remunerada, mesmo que seja servindo em uma “mili”* que nunca existiu antes na Venezuela com as características que Chávez propôs.



O presidente dirigiu as primeiras manobras no estado de Cojedes, o que imitaram imediatamente governadores e prefeitos em todo o país. Inclusive os trabalhadores da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), têm feito treinamento militar com munição real e material explosivo para preparar a defesa das instalações do setor. (Vale salientar que todo o corpo de funcionários da PDVSA, atualmente, foi colocado por Chávez, após demissão de mais de 3.000 funcionários de carreira e de substituí-los por milicianos chavistas e agentes cubanos naturalizados venezuelanos ou não. N.T).



Durante as manobras miltares, o Comandante Geral do Exército, Raúl Isaías Baduel, assinalou que nos treinamentos táticos de integração das reservas aos exércitos militares: “Realizou-se tiro de artilharia de campanha e anti-aérea com a participação de pessoal inscrito na reserva, porém que, por sua vez, são parte do pessoal técnico e de trabalhadores da PDVSA”.



Para o general Baduel, tão devoto dos santos que mantém em um altar em seu gabinete, o novo pensamento castrense se sustenta no fortalecimento da união cívico-militar e na co-responsabilidade entre o Estado e a sociedade.



Simulacro na ilha Margarita



A chefatura da Marinha também realizou o primeiro simulacro de guerra assimétrica na ilha Margarita, com o propósito de avaliar as capacidades da população e das reservas castrenses frente a uma invasão estrangeira, segundo a agência oficial de notícias. Na operação simulada foram utilizadas três fragatas, três transportes de desembarque anfíbio, um navio de apoio logístico, seis patrulheiros de guarda-costas e oito helicópteros.



A mobilização nacional para o treinamento militar massivo não tem antecedentes no país. Nas populações da cidade “grupos heterogêneos de jovens, adultos, homens, mulheres em desfiles marciais ao compasso de conjuntos de tambores e cornetas, e em obediência às vozes de comando de presumíveis sargentos, ou cabos ou soldados, e gritos de submissão ao presidente”, escutam-se até nos parques.



O colunista Héctor Strédel observa nas ruas de Barcelona: “A cena se repete, diariamente, tanto entre crianças como entre adolescentes. Nas escolas públicas os alunos são submetidos compulsivamente a treinamento militar, com base na adoração do presidente Chávez e na imitação do sistema cubano”.



Medidas “patéticas”



Para o vice-almirante reformado Rafael Huizi Clavier, presidente da opositora Frente Institucional Militar, é “patética” a política do governo de substituir a Força Armada Nacional pelas reservas e e pelos civis das milícias populares. “Chávez tensiona a corda e isso é perigoso porque ela vai romper-se a qualquer momento”, assinalou ao comparar o corpo de milicianos com os do Haití e Ruanda.



O lingüista Alexis Márquez Rodríguez resume a militarização em voga: “Nos últimos seis anos demonstrou-se que Chávez e seus colaboradores não são nem mental, nem ideológica, nem técnica, nem politicamente capazes para levar adiante sequer a embusteira revolução que dizem. Seu aparatoso fracasso perverteu o conceito de revolução e, hoje, apenas essa palavra aterroriza à maioria dos venezuelanos”.





Fonte: http://www.abc.es/abc/pg050704/prensa/noticias/Internacional/Iberoamerica/200507/04/NAC-INT-038.asp



* Gíria para designar “milícia”.



Tradução: Graça Salgueiro



***



Comentário:



Félix Maier



As Unidades de Defesa Revolucionária de Chávez são cópia autêntica dos CDRs cubanos, cujo verbete pode ser encontrado em "Arquivos I ", de minha autoria, neste Usina de Letras, o qual transcrevo abaixo:



CDR - Comité de Defensa a la Revolución (Comitê de Defesa da Revolução Cubana). A partir dos 14 anos de idade, todos os cubanos são obrigados a aderir ao CDR. “Cerca de 8 milhões de cubanos são membros do comitê de defesa da revolução de seu quarteirão, dirigido por um ‘presidente, um responsável pela vigilância e um responsável ideológico’. Além de seu papel de vigilância ‘dos inimigos da revolução e dos anti-sociais’, os cerca de 120 mil comitês que controlam o país ‘constituem uma grande força de impulsão para mobilizar o bairro por ocasião das reuniões e desfiles para defesa da revolução’, afirmam os textos oficiais” (in "A Ilha do doutor Castro", pg. 55). Não é de admirar que o povo cubano vá em massa às ruas para apoiar Fidel Castro; ninguém teria coragem de contestar “el comandante”. Nas eleições para presidente, Fidel costuma ter 100% dos votos dos delegados – uma marca que, certamente, nenhum Papa teve até hoje.









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