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Artigos-->Monoteísmo em Geral -- 03/08/2005 - 15:56 (Fábio Amaral de Castro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Monoteísmo em geral



Esse texto começa com um fato que não precisa de ser discutido, pois é aceito pela igreja em geral: A lenda da criação descrita na Bíblia (criação do mundo em 7 dias, Éden e tal) é muito parecida com os mitos da criação em que acreditavam as pessoas da Babilônia antiga, mais precisamente da região de Ur. A mitologia babilônica e o Gênesis possuem diversos elementos em comum, como a história do dilúvio (e Noé) e a Torre de Babel (lenda da existência das diversas línguas faladas no mundo) anteriores ao capítulo 11, quando surge Abraão, exceto pelo fato de que os babilônicos davam os créditos a diversos deuses diferentes.



Esse fato não é nem uma coincidência nem resultado de uma revelação divina aos babilônicos. Foi na cidade de Ur, no sul da Babilônia, que nasceu Abraão, pai de todos os judeus e inventor do Monoteísmo Abraânico, uma das invenções que maior impacto causaram na história. Possivelmente ele não tenha inventado, mas apenas sonhado, ou talvez recebido uma revelação de Deus, isso não deve ser discutido aqui. Mas a verdade é que ele e sua família saíram de Ur e rumaram durante 40 anos (ele não chegou ao fim da viagem) em direção ao oeste carregando as sementes do monoteísmo.



Consigo, eles levavam a crença em um único Deus (onipotente, onipresente e onisciente), e nos mitos da criação que haviam ouvido de seus pais. Isso os levava, logicamente, a duas conclusões:



Conclusão 1. A criação como eles conheciam não havia sido obra de diversos deuses, como seus pais haviam lhe contado, mas apenas do Deus único. E assim o mito da criação passou a ser contado de pai para filho como obra de um único Deus, e foi daí que surgiu o Gênesis

como ele é. Conclusão 2. Se o Deus deles era ÚNICO, isso os levava a uma conclusão muito lógica: TODOS os outros milhões

de deuses existentes eram falsos! E essa é a conclusão mais impressionante, que leva principalmente, mas não exclusivamente, a três fatos:



Fato 1. Isso tornava os judeus o único povo a cultuar o ÚNICO Deus de verdade, tornando-se, portanto, o “povo escolhido de Deus”. Mais um conceito de "superioridade racial", assim como a idéia da “superioridade da raça ariana” defendida pelos alemães e da "superioridade da raça branca" defendida pelo KKK. Ainda hoje os judeus acreditam ser o povo escolhido de Deus, e esperam pelo Messias. Por outro lado, os cristãos acreditam que o Messias veio a exatos 2012 anos atrás, tornando todo o mundo o povo escolhido de Deus. É basicamente essa a diferença entre judaísmo e cristianismo.



Fato 2. Os romanos acreditavam em uns 30 deuses. Os Hindus acreditam em aproximadamente 200 milhões de diferentes deuses. O que lhes custava admitir a existência de mais alguns? O fato de os monoteístas acreditarem em apenas um Deus e negar todos os demais criou um novo termo: a “Intolerância Religiosa”. Essa foi a causa (ou desculpa) para invasões e destruições de diversas culturas. A razão apontada pelos romanos para a perseguição dos cristãos nos primeiros anos do cristianismo não era o fato de os romanos não aceitarem outras crenças, mas o fato de os cristãos negarem todas as demais.



Fato 3. O fato de o cristão possuir como dever divino a obrigação de converter todos ao seu redor foi, além do motivo de sua perseguição, o motivo de sua glória, tornando-se a religião oficial do mundo ocidental. Ponto em que é diferente do Judaísmo, que não busca nem aceita novos membros com tanta facilidade. Hoje, no Brasil, a igreja católica deixou de ter esse apetite por conversões, enquanto religiões protestantes tomam seu espaço, crescendo cada vez mais devido à sua busca incessante por novos membros.



No final de tudo, Abraão tornou-se o primeiro profeta das três religiões monoteístas (Judaísmo, Cristianismo e Islamismo), sendo assim o pai da crença religiosa de quase 3 bilhões de pessoas.



Fábio Castro

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