Falô Ineu, Ieu desço,
Mêrmo assim infumaçado,
Porque adoro Cordé,
Purele sô amarrado
Dêrne Jove mi conquistô
E prumode seu amô
No mundo tenho vagado.
Mi sintí já convocado
Quando o meste se alembrô
Deste preto infumaçado,
E no meu nome falô,
Eu disci mêi apressado
Truve a viola do lado
Do jeitim qui sempre andô.
Eu pido a Nosso Sinhô
Qui im meu favô interfira
Pois aqui vô convocá
O Seu Geraldin Lira
Mode nois dois cunversá,
Num quero lhe arriliá,
Meu sintimento num fira.
Ele toca a sua Lira
Toda chêia de gulora,
Mode dalhe inspiração
Eu peço a Nossa Sinhora,
Qui alumie a sua mente
Ele é um hôme decente
E poeta tôda Hora.
Se ele ficá de fora
Vai mi causá muita dô,
Sei qui é muito educado,
É pueta i é Dotô
Qui intende das ingrisia
I é bom em filusumia
Além de improvisadô.
Geraldin, faça um favô
A esse preto azulado
Do fôigo de sete gato,
Qui no mundo tem vagado
De ao vortá pru além,
Pudê dizê lá tamém
Tê cuntigo aporfiado.
Limeirinha do Tauá, preto véio azulado quitém o fôigo de sete Gato.
limeirinhadotauá@yahoo.com.br
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