Quantas vezes,
Oh pai!...
Me ensinaste a andar,
Me mostrando os caminhos
Por onde eu deveria passar.
Quantas vezes,
Oh quantas vezes!...
Me seguraste com tuas fortes mãos,
Me levantando dos tropeços
Quando eu caía no chão.
Quantas vezes,
Oh pai,
Quantas vezes!...
Me fornecestes recursos
Nas minhas maiores aflições.
Quantas vezes,
Oh quantas vezes!...
Já te fiz perder o sono,
Derramando tuas lágrimas
Sem me deixar no abondono.
Quantas vezes,
Oh quantas vezes!...
Me repreendia quando eu errava,
Suportando minhas rebeldias
Mas me socorrendo, sem mágoas.
Sei que de ti,
Por toda a minha vida
Muitas coisas aprendí.
Agora na tua velhice ,
Te peço:
Deixe-me,
Em nome dessas "quantas vezes"
Sinônimo do mais puro amor,
Que eu possa retribuir,
Por favor,
Tudo o que fizestes por mim!...
Quero que saiba ,
Que já estou amadurecida
E te serei sempre agradecida
E nada terá sido em vão.
Quero agora,
Te retribuir com todo o meu amor
Quantas,
E quantas vezes for...
Se precisares da minha mão.
Maraba-PA , 01/04/2002 |