Carl Gustav Jung, o famoso díscipulo dissidente de Sigmund Freud, observou que muitos dos sonhos de seus pacientes portavam imagens relativas a símbolos encontrados em velhos tratados alquimistas e relacionou-os aos processos inconscientes do indivíduo na busca do self, o eu-profundo, a consciência cósmica.
Profundamente impressionado com o fato, escreveu sua obra clássica: "Psicologia e Alquimia".
O que podemos aprender com os alquimistas?
Na trajetória de suas manipulações dos minerais e metais o alquimista deixava de ser apenas o condutor para também ser conduzido no mesmo rumo da matéria em transformação.
O conhecimento vinha em etapas demoradas e sucessivas, de árduo trabalho exterior, com a transmutação da sua consciência num processo dinâmico e compartilhado de ascensão da consciência e obtenção do ouro.
O alquimista era a própria pedra filosofal, o agente catalisador da mudança.
O que podemos aprender com os alquimistas?
Podemos aprender que a verdadeira espiritualidade não é fruto de um simples apertar de um botão ou de técnicas superficiais de auto-ajuda – nada contra a auto-ajuda legítima, de qualidade - mas de esforços sinceros e contínuos que transformarão o chumbo das nossas almas em ouro puro da consciência elevada, superior.
Aprendendo sobre a purificação dos metais na alquimia aprendemos sobre a purificação do nosso espírito: eis a lição!