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Artigos-->MODERNIDADE E FAZER POÉTICO NA LÍRICA DE ADÉLIA M. WOELLNER -- 12/08/2005 - 16:12 (Clarice Braatz Schmidt Neukirchen) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MODERNIDADE E FAZER POÉTICO NA LÍRICA DE ADÉLIA MARIA WOELLNER*





CLARICE BRAATZ SCHMIDT NEUKIRCHEN , ANTONIO DONIZETI DA CRUZ







RESUMO: A presente pesquisa tem por objetivo apresentar uma abordagem teórica sobre a modernidade e o fazer poético, investigando a presença destes temas na lírica de Adélia Maria Woellner, cujo fazer poético é marcado pela contemplação, brevidade e reflexões metalingüísticas. Pode-se dizer que, na lírica de Woellner, a recorrência constante à metalinguagem, aliando reflexão e imaginação, permite evidenciar não somente a função viva da palavra poética, mas a própria essência humana.





PALAVRAS-CHAVE: Metalinguagem; Inspiração; Poesia.





ABSTRACT: The purpose of this study is to show a theoretical approach about the modernity and the poetic doing, investigating the presence of these subjects in Adélia Maria Woellner’s lyrical, which poetic doing is marked by the metalinguistic contemplation, shortness and reflection. It’s possible to say that, in Woellner’s lyrical, the constant recurrence to the metalanguage, allying reflection and imagination, allows to evidence not only the real function of the poetic word, but the own human being essential.





KEY-WORDS: Metalanguage, poem, inspiration.





INTRODUÇÃO: A lírica da poeta curitibana Adélia Maria Woellner é marcada por várias características modernas, como a sinteticidade poética, a simplicidade da linguagem, o resgate do passado, a valorização de temas prosaicos, a convergência entre realidade e ficção, entre outras. Outro traço característico da lírica moderna, também presente na lírica de Woellner, seria o exercício freqüente da metalinguagem. Segundo Alfredo Bosi, o fundamento da poesia é nomear as coisas, dar aos seres o seu verdadeiro sentido. No entanto, no decorrer dos tempos o poeta foi perdendo o poder de nomear, deixando-se levar pelos tempos egoístas e abstratos. A poesia moderna, na visão de Bosi, teria sido impelida ao silêncio, sendo praticamente impossível sua sobrevivência no interior do mundo capitalista, onde impera apenas o lucro. Este fator teria condenado a poesia moderna a sobreviver de si própria, isto é, a apresentar, freqüentemente, reflexões de natureza metalingüísticas, o que pode ser observado na obra woellneriana.





MATERIAL E MÉTODOS: A investigação ocorreu por meio de pesquisa bibliográfica, isto é, por meio da leitura de obras de Woellner, bem como através da leitura de teóricos como Octavio Paz, Mikel Dufrenne, Gaston Bachelard, Jean Davallon, Gilbert Durand, João Alexandre Barbosa, Haroldo de Campos, José Guilherme Merquior, entre outros, sendo que o método de investigação utilizado foi o fenomenológico.





RESULTADOS E DISCUSSÃO:

A presença da metalinguagem na lírica, ou seja, poemas que versem sobre a própria poesia, tão característicos da modernidade, pode ser observado no fazer poético de autores como João Cabral de Melo Neto, Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, entre outros. Observa-se que, na poesia de Adélia Maria Woellner, há, constantemente, reflexões acerca do fazer poético, bem como da condição do poeta. Isto evidencia-se em poemas como “Inspiração”, em que o eu lírico declara: “A antena recebe,/ a emoção vibra,/ e a mão/ apenas executa o gesto.” (WOELLNER, Infinito em mim, 2000, p. 53). Aqui, tem-se a visão do poeta como um ser inspirado, cuja função seria aguardar por um momento de iluminação poética. Há, basicamente, duas imagens distintas de poeta no decorrer da história: a do poeta inspirado e do poeta artesão. Segundo Mikel Dufrenne, o poeta artesão seria aquele que tende a negar o estado poético em favor do ato poético. Nesta imagem, o poeta é visto como um trabalhador, um artesão que constrói com as palavras. O autor seria um profissional da arte de escrever. Essa visão do poeta impera em muitas civilizações, principalmente nas arcaicas, sociedades em que é relegado ao poeta a perpetuação de tradições, e isto por meio da fixação da linguagem, haja vista que a poesia, graças às suas rimas, sempre serviu à memorização de ritos, dogmas e tradições. Já o poeta inspirado é aquele que aparece nos momentos históricos em que há uma rebelião contra as formas tradicionais preestabelecidas. No dizer de Dufrenne, o poeta inspirado “é literalmente insano, - em troca tudo se passa nele. É, ao pé da letra, sujeito e ao mesmo tempo objeto, alma e universo” (1969, p. 136) de seus poemas. O poeta inspirado encontra-se mais envolvido com o estado poético que com o ato poético; para ele há algo mais entre ele e a poesia, que seria quem o anima, tira-o de si e transforma-o no poeta a serviço de forças que lhe são transcendentes. É o poeta livre, liberto das tradições que o prendem e enformam. Esta é a imagem de poeta que pode ser identificada nos poemas woellnerianos. No poema “Navegante”, o poeta é apresentado como um viajante: “Vai, poeta!/ Solta as amarras do teu barco,/ iça as velas da emoção/ e singra, livre,/ o mar azul do céu.” (WOELLNER, Infinito em mim, 2000, p. 69). Neste poema, o poeta é apresentado como um navegante, espécie de viajante que pode navegar livremente por meio de seus poemas. As imagens do barco, içar velas, singrar livre remetem a uma sensação de liberdade. A junção das imagens do mar e do céu dão mostras da infinitude de possibilidades que encontram-se diante deste poeta, que livre de amarras, pode navegar livremente por diferentes espaços. Segundo Alexandre Barbosa, podemos afirmar que



o poema moderno, em seus momentos mais eficazes, tende a estabelecer, pelo menos, dois níveis de leitura convergentes: aquele que aponta para uma nomeação da realidade em seus limites de intangibilidade, operando por refrações múltiplas de significado, e aquele que, ultrapassando tais limites, refaz o périplo da própria nomeação, obrigando a linguagem a exibir as marcas de sua trajetória. Por um lado, o leitor busca a compreensão; por outro, a compreensão está na busca que é o início de uma viagem. [...] Neste sentido, o espaço do poema é necessariamente um tempo. Espaço e tempo da linguagem: o poema, em que o leitor atua como um viajante para quem os signos não são mais apenas signos, sinais, de alguma outra coisa para fora de uma topologia cujos limites cartográficos estão dados na página que os acolhe como um espaço privilegiado (BARBOSA, 1986, p.139).



O poeta também é descrito como um viajante no poema “Poeta”: “Poema inteiro/ é o Universo.// Poeta?/ É o clandestino da poesia,/ que se contenta/ com pequenas viagens.” (WOELLNER, Infinito em mim, 2000, p. 75). Neste poema, o poeta é visto com um viajante satisfeito em realizar pequenas viagens, enquanto que em “Navegante”, é completamente livre ao soltar as amarras de seu barco. Cada poema pode ser entendido como uma das pequenas viagens empreendidas pelo poeta, sendo que este, por meio de seus poemas, transita pelos mais variados espaços, haja vista que, segundo o eu lírico de “Poeta”, o próprio universo seria um poema. Salienta-se que o poeta, neste texto, é um “clandestino”, o que remete à condição, de certa forma, transgressora do poeta, já que a palavra “clandestino” reporta àquilo que é feito de forma oculta, ilicitamente, fugindo a padrões, por assim dizer, legalmente predeterminados. Observa-se que Woellner estabelece uma imagem extremamente delicada tanto da poesia, quanto do poeta, que consegue passar para o leitor toda a singeleza e multiplicidade de possibilidades que caracteriza o gênero lírico. Segundo Octavio Paz, “por meio da personificação o poeta traça uma ponte entre o invisível e o visível, a idéia e a coisa, a abstração e o objeto” (1993, p. 16). Isto evidencia-se nos poemas de Adélia Maria, pois, por meio das imagens e símbolos de que se utiliza, bem como pela junção entre imaginário e realidade que a circunda, Woellner consegue estabelecer esta ligação entre real e irreal de que fala Paz. Em “De viver”, também observa-se a reflexão acerca da poesia: “Para que/ imagens,/ rimas,/ métrica./ Poesia / é a vida!/ Não sou poeta.” (WOELLNER, Poesia trilógica, 1972, p. 25). Pode-se notar a ligação estreita entre vida e poesia que também pode ser observada em “Poeta”, quando o universo é comparado a um poema. Nesta perspectiva, vale ressaltar a característica marcante dos poemas de Woellner de versarem sobre o cotidiano. Os poemas desta autora caracterizam-se, sobretudo, por sua proximidade com cenas corriqueiras. O eu lírico ressalta que a verdadeira poesia não é aquela repleta de imagens, rimas e métrica, mas a poesia impregnada de vida. Novamente, evidencia-se aquele fazer poético em que não há intimidade com normas prefixadas, mas a construção poética marcada pela liberdade de formas. É interessante notar que o último verso é uma verdadeira negação de sua função de poeta. Em “Inatividade”, novamente é feito menção à inspiração: “Quero escrever,/ mas minhas mãos não me obedecem/ e/ meus pensamentos permanecem na inatividade.// Será a inspiração que me falta,/ ou será o amor/ no meu coração/ que está morrendo?” (WOELLNER, Poesia trilógica, 1972, p. 15). Novamente, nota-se a imagem do poeta como um ser inspirado que necessita de algo que lhe é exterior para elaborar seus poemas. Segundo Dufrenne, o próprio desejo que o poeta possui de criar é um sentimento poético inspirador, que pode ser tanto amor, como indignação, tristeza, etc. Este sentimento não é apenas subjetivo, inspirado, pois, no dizer de Dufrenne, “o que vale desse sentimento não é a dimensão subjetiva, mas a intencionalidade, pois ele descobre um aspecto do mundo sobre o objeto ou acontecimento que o poeta encontra” (1969, p. 148). Segundo João Alexandre Barbosa, a utilização da metalinguagem na poesia moderna não deve ser entendida como “o modo pelo qual, através do consumo da linguagem da poesia, o poeta continua a repensar, no poema, as dimensões da realidade” (1986, p. 98). Antes, a linguagem da poesia deve ser encarada como instrumento capaz de instaurar, através da transformação do poema, o espaço para a nomeação da realidade, abrindo, assim, espaço não para a anulação dos significados da realidade, mas para que estes recebam um acréscimo de significado, o que somente a linguagem da poesia pode fazer. Isto pode ser observado, por exemplo, no poema “Capitulação”: “A derradeira folha,/ verde-marron,/ desesperadamente/ insistia em se/ agarrar,/ com a ponta/ do seu último dedo,/ ao galho escurecido./ Retorcido,/ enfraquecido na ausência da seiva.// A brisa pouca,/ mas constante,/ também insistia.// No desequilíbrio das forças,/ a energia/ capitulou.// A derradeira folha,/ marrom,/ misturou-se ao pó.” (WOELLNER, Avesso meu, 1990, p. 18). Este poema descreve a cena aparentemente banal de uma folha caindo de uma árvore. No entanto, apesar de descrever algo cotidiano, Woellner acrescenta novas matizes ao cenário que descreve, revelando toda a poeticidade de um momento tão corriqueiro quanto uma folha que cai de uma árvore. Nota-se que Woellner concede uma espécie de animismo à folha que cai, pois esta, no poema, luta por sua sobrevivência até não mais poder. Segundo Giambattista Vico, o fazer poético sempre foi e sempre será afetado pelas relações “estreitas com o natural e o corpóreo”, sendo que o poeta faz de toda a Natureza um “vasto corpo animado que sente paixões e afetos” (1977, p. 201-202). É o que ocorre no poema. Para Alfredo Bosi, “a imagem é um modo da presença que tende a suprir o contacto direto e a manter, juntas, a realidade do objeto em si e a sua existência em nós. O ato de ver apanha não só a aparência da coisa, mas alguma relação entre nós e essa aparência.” (1977, p. 13). Octavio Paz, por sua vez, observa que, enquanto as obras antigas reproduziam a realidade, fosse ela real ou imaginária, na modernidade esta realidade é transformada. Isto acontece constantemente nos poemas de Woellner, nos quais alia imaginação às visões mais corriqueiras, transformando-as e impregnado-as de sentimentos que as transmutam. Conforme observa Paz, a arte moderna pode ser entendida como uma arte crítica da realidade, da linguagem e da poesia, sendo que a crítica à linguagem tende a revelar os outros sentidos do signo, pois, no dizer de Paz, “a arte moderna é uma crítica da significação e uma tentativa para mostrar o avesso dos signos” (1991, p. 113). Cada civilização, conforme salienta Paz, seria “uma metáfora do tempo, uma versão da mudança. [...] Cada época escolhe sua própria definição do homem. Creio que a do nosso tempo é esta: o homem é um emissor de símbolos” (Idem, p. 114). Já para o italiano Giacomo Leopardi (apud BOSI, 1977, p. 112), a poesia é um exercício próprio da empatia, semelhanças e proximidade. Leopardi afirma que o poeta consegue passar de maneira nova e original experiências cotidianas, conseguindo assim arrancar o homem do tédio do contemporâneo. No poema “Anulação”, é possível observar a inquietação do eu lírico frente à realidade, outra característica da lírica moderna: “Lutei para alcançar/ meu espaço./ Conquistado,/ o espaço/ anulou-me.//E agora?” (WOELLNER, Avesso meu, 1990, p. 12). Sabe-se que uma das marcas da poesia moderna é a grande angústia do homem frente ao mundo fragmentado, atomizado e capitalista que, desde o final do século XIX, tende a banir os princípios não científicos, ou seja, tudo que esteja ligado à imaginação, pois, no mundo tecnológico, não há lugar para devaneios, divagações e mitos. Em “anulação” é possível observar a desilusão do eu lírico que, após lutar para conquistar seu lugar, vê-se anulado por este. Nada mais natural nas sociedades capitalistas, nas quais o homem é valorizado não por aquilo que é, mas pelo que possui, sendo, de certa forma, anulado por aquilo que conquista. Segundo Octavio Paz, um poema é um reflexo da imagem de mundo que tem a sociedade a que pertence o poeta. O poema em questão pode, nesta perspectiva, ser considerado uma espécie de desabafo do eu lírico, diante deste mundo tecnológico e capitalista que valoriza o ter em detrimento do ser. Segundo João Manuel Simões, muitos poemas de Woellner apresentam-se impregnados de “melancolia, desencanto, amargura suave” (1985, p. 39), sentimentos estes deflagrados em poemas de diversos modernistas, como Drummond e Manuel Bandeira, entre outros A recorrência freqüente aos temas “tempo” e “memória” também pode ser entendida como característica moderna na poesia de Woellner, pois, no dizer de Paz, a arte moderna e contemporânea deve ser vista como “uma arte de convergências: cruzamento de tempos, espaços e formas” (1991, p. 180). Esta recorrência aos temas tempo e memória ocorre por meio de poemas que resgatam, por exemplo, rituais e mitos de diversos povos, lembranças da infância, etc. No poema “Atavismo” ocorre o resgate do passado por meio de recordações da infância: “Bebi/ da água límpida,/ pura,/ do poço/ cavado no barranco,/ paredes bordadas/ com verdes e macias avencas.// O frescor/ da infância,/ enfeitada de arco-íris,/ dança em minh’alma/ e me ensina/ a viver melhor.” (WOELLNER, Infinito em mim, 2000, p. 19). Como pode ser observado no poema “Atavismo”, na poesia de Adélia Maria a recorrência ao tema da infância dá-se, geralmente, no sentido de uma busca interior, de uma volta às origens: A infância apresenta-se como o lugar da realização, do reencontro com o que há de mais verdadeiro no ser, ou seja, “a nostalgia da experiência infantil é consubstancial à nostalgia do ser” (DURAND, 2001, p. 402). A infância, neste poema, precisou ser redescoberta, para que pudesse enfeitar o eu lírico de arco-íris e dançar em sua alma, ou seja, trazer-lhe alegrias. O eu lírico recorre à rememoração da infância, pois esta é o reino onde não existe, na visão de Durand, a preocupação com a morte, no qual a dor e o sofrimento são eufemizados. Logo, nada melhor que o reencontro com a infância para que o eu lírico aprenda como “viver melhor”.





CONCLUSÃO: Para Paz, a literatura pode abarcar tanto uma volta às origens, quanto uma conquista de territórios ainda não tocados pela imaginação poética, ou seja, justamente pelo fato de envolver tanto a história, quanto a imaginação, a arte moderna e contemporânea deve ser vista como um espaço em que possibilita-se a convergência de diferentes espaços, formas e tempos. Vale ressaltar que, muitas vezes, esta convergência de tempos ocorre por meio da rememoração, pois, segundo Leopardi, o poeta teria o poder de absorver imagens e recorrências do mundo de hoje, tirando, ainda, do passado e da memória o direito à existência. Este passado não seria um passado morto, mas o passado denso bastante para ser “reevocado pela memória” (LEOPARDI apud BOSI, 1977, p. 112). Assim sendo, é plausível afirmar que a lírica woellneriana apresenta vários sinais de modernidade, sendo exemplo de alguns deles, conforme destaca-se no decorrer do texto, a brevidade de seus poemas, a linguagem que foge ao rebuscamento desnecessário, a reflexão acerca de sua condição de poeta, bem como sobre sua produção, a valorização de cenas cotidianas, a recordação do passado como tema de seus poemas, a inquietação frente a realidade que a circunda, entre outros. Vale ressaltar que, conforme afirma Ariel Dotti, os poemas de Adélia Maria “falam da liberdade individual e dos caminhos elevados ao infinito que somente a alquimia entre a palavra e a imaginação poderia produzir” (DOTTI apud WOELLNER, 2000, p. 6). O fazer poético de Woellner é, antes de tudo, um misto de contemplação e reflexão, pois, por meio da junção da observação da realidade com sua imaginação criadora, cristaliza belíssimas imagens em seus poemas, que revelam as inquietudes, sentimentos, enfim, a essência humana.





REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:



ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo II. Rio de Janeiro: Record, 1987.

BARBOSA, João Alexandre. Metáfora crítica. São Paulo: Perspectiva, 1974.

BARBOSA, João Alexandre. As ilusões da modernidade. São Paulo: Perspectiva, 1986.

BOSI, Alfredo. O ser e o tempo da poesia. São Paulo: Cultrix, 1977.

CAMPOS, Haroldo de. A arte no horizonte do provável. São Paulo: Perspectiva, 1977.

CANDIDO, Antônio. Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária. São Paulo: T. A. Queiroz, 2000.

CHIAMPI, Irlemar (coord.). Fundadores da modernidade. São Paulo: Ática, 1991.

DUFRENNE, Mikel. O poético. Porto Alegre: Globo, 1969.

DURAND, Gilbert. As estruturas antropológicas do imaginário. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

FRIEDRICH, Hugo. Estrutura da lírica moderna. São Paulo: Duas Cidades, 1978.

PAZ, Octavio. A outra voz. São Paulo: Siciliano, 1993.

PAZ, Octavio. Convergências. Rio de Janeiro: Rocco, 1991.

SIMÕES, João Manuel. “A poetisa e o cineasta”. Jornal Gazeta do Povo, Curitiba, 26 de out. 1985, p. 39.

WOELLNER, Adélia Maria. Poesia trilógica. Curitiba: O Formigueiro, 1972.

WOELLNER, Adélia Maria. Avesso meu. Joinville, SC: Ipê, 1990.

WOELLNER, Adélia Maria. Infinito em Mim. Curitiba: A. M. Woellner, 2000.





* Trabalho publicado nos Anais da III JORNADA CIENTÍFICA DA UNIOESTE - Marechal Cândido Rondon - PR



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