Usina de Letras
Usina de Letras
288 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62174 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50578)

Humor (20028)

Infantil (5424)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Frases-->As melhores frases de Ipojuca Pontes -- 23/03/2007 - 17:26 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
“Bakunin censura os americanos por fazerem uma guerra de conquista que é um duro golpe na teoria fundada na justiça e na humanidade, mas que é conduzida no interesse da humanidade. É uma infelicidade se a rica Califórnia foi arrancada dos mexicanos preguiçosos que não sabiam o que fazer dela?” (Karl Marx, in “Nova Gazeta Romana”, 1849 – Cit. em “Sobre a Moralidade de Karl Marx”, de Ipojuca Pontes, in “Politicamente Corretíssimos”, pg. 21).

“Um tecido de grosseria, calúnias, falsificações e plágios. Marx é a tênia” (Proudhon, a respeito da obra de Marx “Miséria da Filosofia”, 1847 – Cit. in “Politicamente Corretíssimos”, pg. 24).

“Para comprovar sua verdade, Marx, que durante toda a vida jamais entrou numa fábrica (salvo, por duas vezes, nos escritórios da Philips holandesa para pedier dinheiro emprestado ao rico tio materno Leon, dono da empresa), usa material sabidamente desatualizado e elege como exemplo indústrias pré-capitalistas, com mais de 40 anos de atraso, que não tinham condições para incorporar novas maquinarias” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 26).

Marx é um mestre do plágio: “De Marat, se apropria da frase ‘o proletariado não tem nada a perder, exceto os grilhões’. De Heine, ‘a religião é o ópio do povo’; e de Louis Blanc, via Enfantin, sacou a fórmula ‘de cada um segundo suas capacidades, a cada um segundo suas necessidades’. De Shapper, tirou a convocação ‘trabalhadores de todo o mundo, uni-vos’, e de Blanqui, a expressão ‘ditadura do proletariado’. Até mesmo sua obra mais bem acabada e de efeito vertiginoso, ‘O Manifesto Comunista’ (1848, em parceria com Engels), tem-se, entre os anarquistas, como plágio vergonhoso do ‘Manifesto da Democracia’, de Victor Considérant, escrito cinco anos antes” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 26-7).

Marx é um vilão: “Sua família foi a grande vítima. Dos seis filhos que teve com a mulher, Jenny, uma aristocrata, três morreram na primeira infância, em decorrência do estado de penúria a que foram submetidos, e os outros – as filhas Jenny, Laura e Leonor – terminaram a vida uma histérica e duas cometendo suicídio. O único sobrevivente, Freddy, filho de Marx com a empregada Helene, nunca reconhecido pelo pai, foi adotado por Engels para ‘salvar as aparências’. Jenny, a mulher prematuramente envelhecida pelo sofrimento, morreu aparentemente sem perdoar o marido por ter engravidado a empregada.
Com os pais, Marx não se comportou de modo menos egoísta. Por ocasião da morte do pai, Heinrich, vítima de tuberculose, não compareceu ao enterro porque, segundo ele próprio, ‘não tinha tempo a perder’. Por conta disso, a mãe, Henriette, saturada de pagar suas dívidas, com ele cortou relações, não antes de adverti-lo: ‘Você devia juntar algum capital em vez de só escrever sobre ele’ ” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 27).

“Um exemplo típico da mistificação de Marx encontra-se na sua tese de número 11 sobre Feuerbach (1804-1872), em que dá conta de que ‘os filósofos se limitaram a explicar o mundo; trata-se, porém, de transformá-lo’ – afirmação que, encerrando a mística do processo revolucionário como agente transformador da realidade, só consolida a visão da história crítica como substituta da filosofia – o que significa, em última análise, decretar a morte da própria filosofia” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 29).

“Dispensado o tom arrogante das facciosas análises acadêmicas e verificado o grosso da obra, o pensar de Marx depende virtualmente do que ele leu, chupou, perverteu ou adaptou do pensamento dos outros, a começar por Demócrito (460-370 a.C.) e Epicuro (341-170 a.C.), na sua tese ateísta de doutoramento em Jena, 1841, passando por Hegel (1770-1831) e o próprio Feuerbach, ainda no campo filosófico, além de Rousseau (1712-1778), Saint-Simon (1760-1825), Fourier (1772-1837) e Proudhon (1809-1865), entre os reformistas sociais franceses, até chegar nos economistas clássicos ingleses Adm Smith (1723-1790), Mill (1773-1836) e sobretudo Ricardo (1772-1823), cuja concepção da teoria do valor-trabalho, mais tarde destroçada pelo austríaco Bohm-Bawerk (1851-1914), serviu de modelo para Marx – aqui ancorado no ‘erro de conta’ de Proudhon – extrair a sua célebre mais-valia e acirrar os ânimos da luta de classes, idéia, por sua vez, a ser creditada ao falangista Blanqui (1805-1881), francês considerado inventor da barricada e autor da expressão ‘ditadura do proletariado’ ” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 29-30).

“Na sua concepção filosófica, Hegel define assim os elementos que compõem o seu método para explicar o movimento da história: 1) posição ou imediação (tese), 2) oposição ou mediação (antítese) e 3) ultrapassagem ou sublimação (síntese)”. Tanto Hegel quanto Marx usaram a dialética em causa própria: Marx “congelou” o sistema no “operariado como classe única”; Hegel “projetou na monarquia representativa prussiana o modelo acabado do desenvolvimento político-social” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 31).

“Na sua crítica histórico-filosófica (“A Essência do Cristianismo”), Feuerbach esclarece que sua pretensão foi reduzir a teologia (estudo das questões do conhecimento da divindade, seus atributos e relações com o mundo e os homens) à antropologia (ciência inexata que descreve e analisa o homem com base nas características biológicas e culturais dos grupos sociais e suas variações em distintas épocas). Em estilo cristalino ele afirma que o ‘ateísmo é o próprio segredo da religião’, visto que o culto do homem pela perfeição divina, em suas distintas linguagens, não passa da projeção de suas próprias aspirações e desejos” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 32).

“... na Rússia stalinista, um filósofo, A. M. Deborin (1881-1963), avaliou o marxismo como mera variante do pensamento de Feuerbach – para logo cair em desgraça e perder o posto oficial de filósofo do regime” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 33).

Bertrand Russell (1872-1970), autor de “História do Pensamento Ocidental”, discorre sobre o “socialismo científico”: “Marx é a expressão típica da efervescência do século 19, período em que os filósofos radicais buscavam uma teoria social com pretensões científicas em oposição ao romantismo então reinante. Em uma palavra, o marketeiro alemão compreendeu como ninguém a paixão da época pela mística da ciência” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 33).

Marx tinha espírito diabólico, era acadêmico ocioso e nunca foi um correto cientista social. Tornous-e um ideólogo e um moralista, com sua “verdade particular que desejava impor como única, eterna e universal – o “materialismo dialético. Com ele a tiracolo se supunha não só exercer alguma influência sobre os destinos do mundo, mas transformá-lo – o que em sua linguagem significava, antes, destruí-lo. Desse modo, tal como partiu anteriormente para liquidar com a filosofia, Marx atirou-se contra o mundo da economia burguesa, com ênfase na demolição da propriedade privada e do sistema capitalista de produção. Mas, para atuar na esfera diretamente política, o passo que deu a seguir – ou paralelamente – foi o de se instrumentalizar nas palavras de ordem do ideário político dos reformistas sociais franceses e, com mais empenho, nas cantilenas igualitaristas de Rousseau, Saint-Simon, Fourier e Proudhon” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 37).

“O ‘pensamento’ de Marx (e de seus seguidores) continua a causar estragos e até a apresentar-se como ‘hegemônico’, sobremodo em algumas partes da descarnada América Latina. É puro ‘non-sense’. Mas pelo menos no Brasil é inquestionável a supremacia da dogmática marxista, pois o país tornou-se o espaço vital onde milhares e milhares de militantes esquerdistas, comandados por uma máquina bem-azeitada e nutrida o mais das vezes nos fundos públicos (subtraídos a muque do bolso do trabalhador e dos empresários contribuintes), atuam sistemática e proficuamente nas cátedras, parlamentos, púlpitos, quartéis, mídias, associações civis e militares, sindicatos, prisões, palcos, telas e até nos prostíbulos, com o objetivo único e irreversível de ‘socializar’ a nação” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 42-3).

“Na medida em que crescem, de forma galopante as escorchantes tributações sobre os bens privados, do trabalhador e dos empresários, aumenta em proporção geométrica o número dos ‘excluídos’, pois uma coisa decorre da outra: é o Estado (com suas elites, suas agências, instituições e burocracia em geral) que se apropria, por força da violência legal (e da inércia ou ignorância da população), da riqueza produzida pela sociedade para usufruto diuturno de privilégios” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 43).

“O terrorismo político data de tempos remotos, mas suas raízes estão fixadas na Revolução Francesa de 1789, em especial na vigência do Terror (1792-94)” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 46).

O “Catecismo Revolucionário”, de Segei Netchaiev (1847-1882), é “um repositório doutrinário escrito em letras de sangue e hoje considerado a bíblia das organizações terroristas” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 46).

“Bakunin, que, à época, pregava aos universitários uma ‘ida ao povo’ e acreditava no êxito revolucionário a partir da associação entre marginais e estudantes para chegar à revolução (projeto retomado um século mais tarde por Marcuse, membro da Escola de Frankfurt), tomou-se de paixão pelo jovem fanático Netchaiev” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 46).

A “Vingança do Povo” foi criado por Netchaiev e estudantes do Colégio de Agronomia de Moscou, como núcleo de uma inexistente Aliança Revolucionária Européia (ARE), para fomentar a insurreição socialista. “Um membro do grupo, Ivanov, desconfia do blefe e tenta retirar-se: Netchaiev denuncia-o como espião e o elimina com um tiro na nuca” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 47). Após o crime, os membros de “A Vingança do Povo” são julgados e condenados a penas de trabalhos forçados e exílio. “Netchaiev é preso em Zurique, Suíça, e entregue à polícia secreta russa. Após tumultuado julgamento, em 1873, vê-se condenado à deportação perpétua na Sibéria. Mas Alexandre II resolve encarcerá-lo por toda a vida na Fortaleza de Pedro e Paulo, onde, ironicamente, estivera preso Bahunin. Em 1881, o fanático protela plano de fuga pessoal para aliciar guardas e enviar carta ao comitê do grupo Narodnaya Volya, solidário com a prioridade de executar o czar, o que vem a ocorrer, para desgraça de Netchaiev, que tem sua ração alimentar reduzida ao mínimo e morre atacado pelo escorbudo em fins de 1882" (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 46).

“Curiosamente, partiu de um ex-conspirador socialista transformado pelo duro aprendizado da vida em declarado conservador, Fiodor Dostoiévski (1821-1881), a denúncia da busca de destruição dos valores éticos e religiosos pela propagação corrosiva do pensamento niilista e ocidentalizante levado a efeito pela ‘intelligentsia’. O escritor aponta para as figuras de Bielinski (“O Malvado”), Herzen, Bakunin, Tchernichevski e o romancista Turgueniev como responsáveis pelo assentamento das idéias sobre as quais iria germinar a vontade terrorista” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 50).

“Princípios” de Piotr Stepanovich (Netchaiev, em “Os Demônios”, de Dostoiévski): “A finalidade do homem é lutar plea maior segurança dos seus interesses. A satisfação do eu está acima do Estado, da moral, da religião e da sociedade. Por isso, a socialização, enquanto não se estabelecer, pode valer-se da força, da mentira, do assassinato e do roubo. Cada membro da sociedade vigia uns aos outros. Todos espionam, e isso não é espionagem pois tende a uma finalidade superior. No extremo, o melhor é a revolta e o assassinato, pois um fim superior justifica todos os meios. (...) Mas acima de tudo, é necessário lutar pela igualdade absoluta. Para isso, a primeira coisa que se há de fazer é rebaixar o nível da cultura, da ciência e do talento. O alto nível da ciência e da cultura só é acessível às grandes capacidades. E as grandes capacidades, que produzem mais danos que benefícios, sempre afrontaram o poder e tornaram-se déspotas. Por isso, há que se estruturar a cultura de forma que se adapte à capacidade de todos e impossibilite a emergência de um talento superior. Quando se perceber num indivíduo atitudes elevadas ou excepcionais, deve-se expulsá-lo do convívio social e, havendo margem, matá-lo. A Cícero cortaremos a língua, a Copérnico a arrancaremos, e a Shakespeare, o mataremos a pauladas” (Cit. por Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 51-2). Nada diferente do que prega, hoje, o MST, grupo terrorista por excelência, que tem a vantagem de conseguir seus objetivos através da “guerrilha desarmada”.

“O próprio Lenin, cérebro que militarizou a política russa e se opôs ferozmente à concepção de partido de massa organizado democraticamente, aprendeu com Netchaiev que a revolução só poderia ocorrer se levada adiante por ‘um número limitado de grupos formados por revolucionários profissionais’ (“Que Fazer?”, Ed. Progresso, Moscou, 1984). Para dar o ‘murro no aleijado’ (o czar), encampou o princípio de que ‘todos os meios são corretos se conduzem a um fim’, ressaltando, como justificativa por aderir ao uso sistemático da força, que ‘nenhum problema na luta de classe jamais foi resolvido, na história, exceto pela violência’ ” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 55).

Segundo o historiador oficial russo A. Gambarov, Netechaiev foi o precursor do bolchevismo: “Tudo que Netchaiev pressentia foi perfeitamente realizado pelo Partido Comunista durante a sua história. Basta analisar com atenção o que Netchaiev escreveu para reconhecer que o fundamento do seu programa encontra o seu mais puro acabamento no bolchevismo russo” (Cit. por Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 56).

No Brasil, “os antigos militantes da luta armada trocaram as selvas e os ‘aparelhos’ urbanos pelas vias democráticas: alguns tornaram-se parlamentares, ministros, membros do governo, ecologistas, professores, comentaristas da mídia, e outros tranformaram-se simplesmente em líderes religiosos e integrantes ativos das ONGs, constituídas por vasto contingente de ‘intelectuais orgânicos’ muito bem remunerados com recursos do próprio governo e de grupos e empresas internacionais. A estratégia ‘democraticamente’ adotada para tornar o Brasil uma ‘República Popular Socialista’ é a da ‘revolução passiva’, extraída dos ‘Cadernos do Cárcere’ de Antonio Gramsci (1891-1937), um membro do Comitê Central do Partido Comunista italiano que discordava parcialmente das teses revolucionárias de Lenin e pregava a tomada do poder pela ação ‘hegemônica’ dos intelectuais infiltrados no aparelho do Estado e suas instituições” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 57).

“Como organização política voltada para a prática da violência como meio de atingir os devidos fins, resta o Movimento dos Sem-Terra – MST – promovendo com pleno êxito o que os seus líderes chamam de ‘guerra civil de baixa intensidade’, - um conjunto de ações consideradas criminosas e que vão do simples assalto à mão armada, ao roubo, invasões, saques, ocupações de prédios e ministérios, assassinatos e apropriação indébita dos recursos públicos – tudo, até certo ponto, visto de um modo permissivo ou omisso por autoridades e prestigiosos representantes de instituições da sociedade civil e do governo – o que coonesta, de forma inequívoca, o vigor da associação dos métodos de Lenin (‘guerra de movimento’, conforme denominam os ‘Cadernos’) com os de Gramsci (‘guerra de posição’) como modo prático adotado para a bem-sucedida marcha do Brasil até o socialismo. Ou, ainda conforme Gramsci, para a instituição do ‘Estado Regulado’, um novo nome para o velho e escravizante comunismo” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 57).

“É preciso reconhecer que Lula não está só e que, por trás de suas ambições políticas – promessas demagógicas à parte –, se esconde um mundo de compromissos e interesses imediatos, sustentados por intelectuais estatizantes a religiosos apóstatas, todos cozinhados no fogo-fátuo do totalitarismo inquisitorial. Dos intelectuais estatizantes, sobretudo os latino-americanos, já sabemos que se trata de casta afeita ao empreguismo público, láureas e distinções oficiais, em que pese uma aparente independência de propósitos. De ordinário são egoístas, hipócritas e cruéis, muito sensíveis às massas nas abstrações e projetos, mas insensíveis às dores e às misérias reais, principalmente quando próximas ou dispendiosas ao próprio bolso. Dos religiosos apóstatas, por sua vez, em que pese a plumagem pseudocristã, sabemos que se trata de uma gente extremamente vaidosa, espiritualmente ressentida, alheia ao mercado e ao trabalho socialmente produtivo, cuja fé religiosa, ao que tudo indica centrada na intolerância, é explicada à exaustão por Freud, via Dostoiévski, na interpretação da conduta do Grande Inquisidor, potentado da Igreja Católica que, nas trevas da Idade Média, numa Segunda Ressurreição, condenou Cristo à fogueira depois de associá-lo ao pecado. (...) E é essa gente – intelectuais estatizantes e religiosos apóstatas – que faz a cabeça de Lula e que se diz ‘progressista’ ” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 109-10).

Sobre o “Governo Paralelo”, inventado pelo PT após a vitória de Fernando Collor de Melo, Ipojuca Pontes tem uma premonição, ao escrever “Estratégia terrorista”, pub. em “O Estado de S. Paulo”, em 1989: “O projeto de Lula, a ser discutido e provavelmente acatado por Brizola e Arraes, mais do que criar condições estratégicas para firmar uma posição intransigente, tem por objetivo claro desestabilizar o futuro governo Collor de Melo e, se possível, depois, pela radicalização, levá-lo ao impeachment” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 117). Obs.: A arapongagem petista, tendo à fente o cubano-brasileiro José “Daniel” Dirceu, antigo integrante do Molipo, fundado pelo serviço secreto cubano, começou a trabalhar em bloco, xerocando dossiês de adversários em todas as repartições públicas e, com a campanha “pela ética” e “Natal sem fome” da Madalena arrependida, Betinho, chegou-se ao envolvimento de PC Farias com esquemas mafiosos e cumpriu-se a profecia do impeachment: Collor foi destituído pelo Congresso Nacional, porém inocentado pelo STF. A “estratégia terrorista” de Lula foi vitoriosa. Detalhes podem ser obtidos no livro “O Jardim das Aflições”, de Olavo de Carvalho.

“Um país que tem cerca de 70% de sua economia estatizada, não pode negar que seja socialista” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 134).

“De fato, quem conhece personagens como Ivan Karamazov, o intelectual ateu, Raskolnikov, o criminoso ‘super-homem’ de ‘Crime e Castigo’, e sobretudo Stavroguine, Kirilov e Piotr Stepanovich, de ‘Os Demônios’, nunca mais vê o mundo com olhar inocente. Que o digam Nietzsche, Freud, Camus, Lenin e até mesmo Fidel Castro, fanático admirador de Piotr Stepanovich, recriação literária de Netchaiev, na vida real o precursor do terrorismo ocidental moderno’ (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 154).

“Ao contrário do que diz o brocardo marxista, a história se repete, sim, de forma trágica. Em 2 de março de 1936, numa casa de subúrbio de Deodoro, Rio de Janeiro, a paulista Elza Fernandes (Elvira Copello Coloni, a “Garota”, jovem mulher de Miranda, secretário-geral do Partido Comunista) é julgada por um ‘tribunal revolucionário’ constituído pelo comitê central do PC: Lauro Reginaldo da Rocha, o ‘Bangu’; Adelino Deícola dos Santos, o ‘Tampinha’; Eduardo Ribeiro, o ‘Abóbora’; José Lago, o ‘Brito’; e Honório Freitas Guimarães, o “Milionário”, presidente do tribunal. (...) Elza foi estrangulada com uma corda de varal por Natividade Lira, o Cabeção’, um ‘quadro’ da segurança do partido. Não cabendo num saco, o corpo de Elza é quebrado em dois e enterrado à sombra de uma mangueira” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 155-6).

Luiz Carlos Prestes sempre negou ter mandado matar Elza Fernandes. Porém, uma carta escrita pelo facínora diz o seguinte: “Com plena consciência de minha responsabilidade, desde os primeiros instantes, tenho dado a vocês a minha opinião do que fazer com ela. Ou bem vocês concordam com as medidas extremas, e, neste caso, já as deviam resolutamente ter posto em prática, ou discordam” (Cit. por Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 156). Obs.: O PC não discordou.

No Brasil, “a despeito de feitos e glórias, Pelé, para uma minoria que se autoproclama ‘progressista’, não passa de um negro rico, vendido aos americanos, que mete as ventas onde não é chamado. (...) Fosse ele um fanático defensor de Fidel ou solidário à visão da história como uma eterna luta de classes, é provável que hoej estivesse consagrado no panteão do ‘divino maravilhoso’. Mas como é democrata, acredita em Deus e admite a propriedade privada, é visto como um estorvo” (Ipojuca Pontes, op. cit., pg. 189-190).


Referência:

PONTES, Ipojuca. Politicamente Corretíssimos. Topbooks, Rio de Janeiro, 2003.


Obs.: Ipojuca Pontes é cineasta ("A volta do filho pródigo"), foi ministro da Cultura no governo Collor e é articulista de Mídia Sem Máscara (F.M.).









Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui