"Não estamos tolhendo o direito de ir e vir de quem quer que seja. O que estamos fazendo é trabalhando pelo bem-estar da população".
Ex-padre Valter Aparecido Pegorer (PMDB), prefeito de Apucarana, PR, reagindo às declarações da comissão de Direitos Humanos, de Brasília, de que com a medida de recolher mendigos e mandá-los de volta às cidades de origem, o prefeito estaria fazendo uma "faxina étnica e social".
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Comentário
Félix Maier
Está certo o prefeito de Apucarana em devolver os mendigos de rua, que vêm de outras cidades, muitas vezes incentivados pelas prefeituras locais a fazer isso - além de acobertar muito bandido disfarçado, colocando duplamente em risco a segurança da população. O prefeito deve, antes de qualquer coisa, defender o bem-estar da sua população, não o dos outros.
Vá lá que os puritanos stalinistas de Brasília exijam que o prefeito dê casa, comida e cama para os mendigos de outras cidades que cheguem a Apucarana, desde que mandem o dinheiro para cobrir as despesas. Porém, não é aceitável a tese embusteira do "direito de ir e vir" para esses mendigos, de modo que fiquem eternamente confinados nas ruas. A verdadeira noção de "direitos humanos" deveria prever que cada brasileiro tivesse condições de adquirir uma moradia, para abrigar sua família. Para que isso ocorresse, os stalinistas do "politicamente correto" de Brasília deveriam prever no orçamento do Ministério das Cidades a construção de casas para pessoas de baixa renda.
Forçar um ser humano a morar nas ruas, como quer esse governo fajuto, sem dar outra opção aos mendigos senão o de dormir nas calçadas e debaixo de viadutos, não é um princípio de "direito de ir e vir", de "direitos humanos". É eternizar a miséria dos pobres na sarjeta.
