Milena, minha afilhada,
Nêga du pavio curto,
Pode baxá o porrete
Na cacunda desse esturto
Que além de nu tê morá
Qué a todos arriliá
Mode mostrá quanto é bruto.
Qué mostrá sê impoluto,
Maiz num sabe cordelá,
Num intende di ingrisia
Nem aprende a filusumá
Fica inscrevendo bestêra
Só procurando cocêra
E sarna mode coçá.
Bota nêle sem cuá
Quele vai abrí du pau
Apesá de toda onda
Mode paricê sê mau,
Ele num têm competença
Mode cordelá ciença,
É mêrmo um caradepau.
Vai tê di achá um vau
Mode passá no riacho,
Qui a correnteza tá braba
E ele cum cambalacho
Vai se afogá na correteza,
E si iscapá, cum certeza
Corto-lhe a pele do cacho.
Sabe o quêquiêu acho
Deste tar de alecastro?
Tá buscando é aparecê
E cuma tem pôco lastro
Fica percurando assunto
Prumode di subì junto
Prurriba do nosso rastro.
Aqui né ôtro não, meus fí.. é Limêrinha do Tauá, prêto véi azulado, qui anda doido mode falá cum Geraldim Lira.